Parlamentar americana pede ao FBI para investigar Parler sobre ataque ao Capitólio

Parlamentar americana pede ao FBI para investigar Parler sobre ataque ao Capitólio

Uma parlamentar pediu ao FBI nesta quinta-feira (21) que inicie uma investigação sobre o papel da rede social Parler no ataque mortal ao Capitólio, em Washington, no começo do mês.

A congressista Carolyn Maloney, que preside o Comitê de Supervisão e Reforma, enviou uma carta ao diretor do FBI solicitando a investigação da plataforma, incluindo seus possíveis laços com a Rússia.

Maloney pediu que a investigação do ataque de 6 de janeiro inclua um exame minucioso do Parler “como um potencial facilitador do planejamento e incitação à violência”, de acordo com uma nota divulgada.

O Parler, que foi obrigado a sair do ar pela divisão de hospedagem na web da Amazon após o tumulto, também pode conter provas relacionadas ao ataque ou de governos estrangeiros financiando distúrbios civis nos EUA, afirmou Maloney.

Alguns usuários do Parler foram acusados de ameaçar autoridades e de participação no ataque, segundo Maloney.

Ela deu o exemplo de um texano acusado criminalmente de postar no Parler que voltaria ao Capitólio dos Estados Unidos e “perseguiria esses covardes como os traidores que cada um deles é”.

Maloney disse que o comitê de supervisão está conduzindo sua própria investigação e solicitou uma reunião com funcionários do FBI sobre o assunto.

A Apple suspendeu todos os downloads do aplicativo Parler após o ataque ao Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro, citando postagens na plataforma que poderiam incitar mais violência.

O Google e a Amazon também cortaram laços com a empresa.

Em declarações à Fox News no início desta semana, Cook justificou a suspensão do Parler, muito utilizado por partidários do ex-presidente Donald Trump.

“Nós percebemos a incitação à violência que estava lá e não consideramos que a liberdade de expressão e a incitação à violência tivessem uma interseção”, disse Cook.

O Parler processou a Amazon depois que a Amazon Web Services cortou o acesso da plataforma aos servidores de internet.

A popularidade do Parler disparou depois que o Twitter baniu Trump permanentemente após a invasão do Capitólio, condenada como um ataque à democracia dos EUA.

O Parler, que foi lançado em 2018, opera de forma muito semelhante ao Twitter, com perfis a seguir e “parleys” em vez de tuítes.

Em seus primeiros dias, a plataforma atraiu uma multidão de usuários ultraconservadores e até mesmo de extrema-direita.

Porém, mais recentemente, ele conquistou muito mais vozes republicanas tradicionais.