O governo francês impede que se esclareça a atividade da fabricante de aviões Airbus na China, afirmou um congressista republicano dos Estados Unidos.
Uma comissão da Câmara dos Representantes investiga desde 2023 o Partido Comunista Chinês para conter possíveis ameaças aos Estados Unidos, especialmente nos âmbitos econômico, tecnológico e militar.
O presidente dessa comissão, o republicano John Moolenaar, escreveu nesta sexta-feira (19) ao secretário de Defesa americano, Pete Hegseth, uma carta na qual afirma que “o governo francês impede, de fato, que a comissão obtenha informações básicas sobre as atividades da Airbus na China”.
Na avaliação dele, Washington “deveria aplicar políticas destinadas a garantir que seus principais subcontratados não contribuam, direta ou indiretamente, para reforçar” a capacidade militar chinesa.
Moolenaar explicou que a comissão escreveu em 14 de agosto à Airbus para obter mais informações sobre seus vínculos com empresas chinesas. A fabricante europeia “parecia disposta a cooperar com a investigação, mas, lamentavelmente, o governo francês controla o que pode ser divulgado a governos estrangeiros”. Paris “impediu explicitamente a Airbus de responder às perguntas” feitas pela comissão sobre suas atividades na China, insistiu.
Consultada neste sábado pela AFP, a Airbus informou que dialogava há meses com a comissão parlamentar americana para explicar “o estrito cumprimento de todas as normas europeias e americanas em vigor”. Autoridades francesas, também procuradas, não responderam.
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