O remo é um dos esportes mais tradicionais do calendário Olímpico e estará, pela 29ª vez, presente no circuito em Paris-2024.
Repleto de eventos, com provas de diversos tamanhos de barcos e quantidade de remadores, o esporte é também um dos mais antigos a ter competições oficiais. Desde 1776, quando ocorreu uma regata de cinco milhas rio Tamisa, na Inglaterra, a modalidade passou a ser desenvolvida.
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Com mais de 100 anos no circuito olímpico, o remo deverá distribuir ao menos 42 medalhas para os melhores países do torneio e será uma das grandes atrações da próxima Olimpíada.
Histórico do remo em Olimpíadas
A estreia do remo era pra ter ocorrido na primeira Olimpíada moderna, em Atenas-1896. Por conta das condições climáticas desfavoráveis, a estreia teve de ser adiada para quatro anos depois, em Paris-1900.
Desde então o esporte esteve presente em todas as edições dos Jogos Olímpicos. Até as disputas de Munique-1972 apenas os homens competiam no esporte. Em Montreal-1976 as mulheres puderam participar pela primeira vez, permanecendo até os dias atuais.
Com a inclusão das mulheres, a quantidade de eventos dobrou. Até 1972 o maior número de provas havia sido sete, de Paris-1924 até Munique-1972. A partir de 1976 o número de provas passou a ser 14, e esse cenário se manteve nas Olimpíadas seguintes e continuará em Paris-2024.
Ao todo já foram distribuídas 807 medalhas para as delegações, sendo 268 ouros, 268 pratas e 271 bronzes.
Os Estados Unidos têm um leve domínio. O país conquistou 89 medalhas (33 ouros, 32 pratas e 24 bronzes) e lidera o quadro geral da modalidade.
O Top 3 é completado por: Alemanha Oriental com 48 medalhas (33 ouros, 7 pratas e 8 bronzes) e Grã-Bretanha com 70 medalhas (31 ouros, 25 pratas e 14 bronzes).
Os maiores remadores da história da Olimpíada são da mesma época. No masculino, o britânico Steve Redgrave conquistou 6 medalhas, ouro em Los Angeles-1984, Seul-1988, Barcelona-1992, Atlanta-1996 e Sidney-2000, além de um bronze em Seul-1988.
Já no feminino, a romena Elisabeta Lipă conquistou oito medalhas, sendo cinco ouros ( Los Angeles-1984, Barcelona-1992, Atlanta-1996, Sidney-2000 e Atenas-2004), 2 pratas (Seul-1998 e Barcelona-1992) e um bronze (Seul-1988).
Remo na Olimpíada de Paris
O remo voltará a Paris pela terceira vez. Com 14 provas no circuito, a expectativa é que cerca de 502 remadores estejam em Paris 2024, sendo 251 de cada gênero.
A modalidade contará com as seguintes provas e quantidade de atletas em cada evento:
- Dois sem feminino e masculino – Dois atletas por barco, sem timoneiro – 52 atletas (26 por gênero)
- Skiff duplo feminino e masculino – Dois atletas por barco – 52 atletas (26 por gênero)
- Quatro sem feminino e masculino – Quatro atletas por barco, sem timoneiro – 72 atletas (36 por gênero)
- Skiff simples feminino e masculino – Um atleta por barco – 58 atletas (29 por gênero)
- Skiff duplo leve feminino e masculino – Dois atletas por barco e com peso corporal limitado – 64 atletas (32 por gênero)
- Skiff quádruplo feminino e masculino – quatro atletas por barco – 72 atletas (36 por gênero)
- Oito com feminino e masculino – Oito atletas por barco com timoneiro – 126 atletas (63 por gênero)
Todas as provas do remo em Olimpíada são de distâncias de 2000m, independentemente da quantidade de atletas, gênero e tamanho do barco.
Em eventos de remo simples, os remadores seguram um único remo com as duas mãos, enquanto no skiff eles seguram um remo em cada mão.
As competições do remo acontecerão entre os dias 27 de julho e 3 de agosto. O torneio será realizado no Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne, a 39 km da Vila Olímpica e Paralímpica.
Remo brasileiro em Olimpíada
Apesar de ser um esporte tradicional no Brasil, um dos mais antigos a chegar no país, a delegação brasileira não obteve resultados expressivos ao longo dos 124 anos da modalidade em Jogos Olímpicos.
O Brasil estreou na Olimpíada de Antuérpia-1920 e, desde então, só esteve ausente nos Jogos de Amsterdã-1928, totalizando 21 participações até Tóquio-2020.
Apesar de ter participado de bastante torneios na modalidade, o Brasil nunca conseguiu subir ao pódio.
Para Paris-2024, a delegação brasileira espera mudar esse cenário. Para isso, contará com a presença de dois atletas, ambos no skiff simples.
Beatriz Tavares conseguiu a classificação através do Pré-Olímpico das Américas e fará sua estreia olímpica na França. Já Lucas Verthein participará de sua segunda Olimpíada (esteve em Tóquio-2020) após também se classificar através do Pré-Olímpico das Américas.