TORINO, 22 ABR (ANSA) – De Claudia Tomatis – A prima italiana do papa Francisco, Carla Rabezzana, de 92 anos, contou, entre lágrimas, que conversou com Jorge Bergoglio pela última vez na semana passada. Na ocasião, o pontífice manifestou, como era de costume, seu bom humor.
“Nos falamos há poucos dias e eu lhe disse que quebrei o pé.
Ele me respondeu, ‘menos mal que não quebrou a cabeça'”, revelou Rabezzana, prima de segundo grau de Francisco, falecido na última segunda-feira (21) aos 88 anos.
A mulher vive em Portacomaro, província de Asti, no Piemonte, terra de origem da família paterna do Papa e de partes da materna, que também era da Liguria.
Outra prima local, Delia Travo, moradora de Tigliole, também em Asti, confirmou que o pontífice tinha espírito “brincalhão”.
“Ele sempre foi uma pessoa brincalhona, com a piada pronta.
Agora resta a dor de não poder mais abraçá-lo”, lamentou Travo.
Já Armando Bergoglio, de 79 anos, cujo bisavô era irmão do bisavô do líder da Igreja Católica, chegou a contar uma curiosidade ao parente famoso sobre seu sobrenome.
“Sou o último homem da família a carregar o sobrenome Bergoglio [por aqui]”, disse Armando a Jorge, ou “Giorgio”, versão italiana de seu nome de batismo, durante visita do pontífice a Asti em novembro de 2022.
Na ocasião, a província deu ao Papa a cidadania honorária e um comitê lhe enviou uma garrafa de vinho em sua homenagem, o Grignolino Laudato.
Antes de ser eleito ao Pontificado, em um livro publicado em 2010, Jorge Mario Bergoglio, então cardeal em Buenos Aires, Argentina, contou que seu pai “era de Portacomaro e sua mãe da capital argentina, com sangue piemontês e genovês”. (ANSA).
