Mais um capítulo da briga na Justiça entre ex-executivos do Banco do Brasil. Agora, Joaquim Cerqueira César, ex-diretor jurídico do BB prestou depoimento para detonar o ex-vice-presidente da instituição, Ricardo Oliveira, conhecido como Ricardo Gordo. Conteúdo da fala de Cerqueira César aos investigadores, obtido pela coluna, aconteceu no âmbito de investigação que apura a quebra de sigilo e a divulgação ilegais de movimentação bancária do ex-diretor do BB, Allan Simões Toledo, supostamente sob ordens de Gordo – ambos disputavam o comando da instituição. O juiz, em seu despacho, classifica as declarações como “relevantes informações sobre os fatos, bem como descrição minuciosa do perfil do paciente e de seu proceder profissional ao longo de sua carreira no banco”.

…mas é BB
Cerqueira descreve Oliveira: “Ricardo sempre se gabou de ser um pouco ‘bandido’ contra adversários”. “Na mesa de trabalho este usava dois curiosos ornamentos: uma fita do filme ‘Minha Luta’, de Adolf Hitler, e outra de ‘O Poderoso Chefão'”, “que ele sempre dizia (…) que admirava Hitler e tinha ‘O Poderoso Chefão’ como uma Bíblia”.

Acusações
E continua dizendo que quem se opunha a Ricardo era alvo “de campanha difamatória, de falsos dossiês”. “Que uma vez estabelecido no poder, sempre foi procurado por inúmeros personagens que solicitavam favores”. “A tal ponto ia o seu empenho em agradar as pessoas com quem tinha interesses que chegava até a aproximar ‘companhias femininas’.”

Fogo Cruzado

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Mesmo sob juramento de dizer somente a verdade à Justiça, as declarações de Joaquim Cerqueira César contra Ricardo Oliveira carecem de comprovação. O depoente, aliás, foi afastado do cargo de diretor- jurídico do Banco do Brasil no fim de 2009 em meio a desgastes por denúncias de assédio moral, durante a gestão de Aldemir Bendine, tendo sido indicado por Ricardo Berzoini (foto). As investigações ainda estão em curso.

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Rápidas

* Além de negociação de cargos na diretoria da Câmara e do Senado e de comissões disputadas como a de Constituição e Justiça e a de Assuntos Econômicos, parlamentares se deram conta de uma nova joia da coroa: presidência e relatoria da Comissão Mista de Orçamento.

* Este é mais um cargo que pode integrar a negociação de apoio para as presidências do Parlamento. É que, com a aprovação da PEC do Teto de Gastos, a proposta de Orçamento deixará de ser uma peça de ficção.

* Os chilenos anunciaram no ano passado que deixarão em abril a missão de paz no Haiti. Eles correspondem ao 2º maior efetivo da Minustah, com 392 militares, atrás apenas do Brasil, com 982 militares.

* Por isso, o governo brasileiro foi sondado pelo Departamento de Operações de Manutenção da Paz da ONU. Queriam saber se as nossas Forças Armadas teriam interesse em substituir tropas do Chile. Receberam um redondo não.

TOMA LÁ DA CÁ
Rogério Rosso (PSD-DF), candidato à Presidência da Câmara

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Por que se candidatou à Presidência da Câmara?
Entendo que esses próximos dois anos serão cruciais para tirarmos o Brasil da grave crise econômica . Precisamos ter disposição, espírito coletivo e coragem na condução desse processo e estou preparado para isso.

Quais serão suas prioridades caso seja eleito?
Reaproximar a Câmara da sociedade. Enfrentar a pauta econômica e iniciar discussões relevantes como a reforma tributária, reforma política, pacto federativo, lei de licitações, código de mineração, estatuto do desarmamento e segurança pública, apoio a microempresa, desenvolvimento econômico… A Câmara precisa ser mais propositiva e menos reativa. Hoje, mais de 90% das proposições votadas em Plenário são de iniciativa do Executivo. O funcionamento da Casa prestigiará a produtividade, a eficiência e a redução de despesas.

Aceitaria um pedido de impeachment contra Michel Temer?
Temos que cumprir a Constituição em sua integralidade.

A venda do Sedex

Enquanto a gestão Michel Temer prepara o lançamento de uma série de concessões para este semestre, setores do governo, como Fazenda, já voltaram a discutir a privatização do Sedex. A ideia é lançar edital no ano que vem para vender a empresa de entrega de volumes que hoje pertence aos Correios e é um dos seus setores mais lucrativos. Ainda bateram o martelo que em 2018 vai acontecer a venda de parte de produtos da Caixa Econômica Federal não ligados à habitação, como loterias, seguros e cartão de crédito.

Deixa quieto


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A discussão sobre a criação ou não de um ministério de Segurança Pública, conforme sugerido a Temer, foi rejeitada não só pelos custos de uma nova pasta em meio ao duro ajuste fiscal. A iniciativa criaria também um problema com o atual ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. Que, ou permaneceria em um MJ esvaziado ou iria para o novo órgão, mas com menos poderes.

Bate bumbo

O governo monitorou o impacto nas redes sociais da queda da inflação e do corte de juros nesta semana. Detectou melhora nos ânimos dos brasileiros e encomendou à agência Propeg campanha com dados positivos A ser veiculada em TV e jornais neste fim de semana.

 


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