O governo do Pará evitou comentar a compra irregular de 21 lotes de assentamento da reforma agrária pela mineradora canadense Belo Sun na Volta Grande do Xingu, ocorrida antes de acordo com o Incra, órgão federal. Questionado pelo Estadão sobre que medidas a gestão de Helder Barbalho tomaria em relação ao caso, o governo do Pará se limitou a responder: “A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) informa que a licença de instalação do referido empreendimento encontra-se suspensa desde 2017, por decisão judicial”.

O fato é que, da mesma forma que o Incra agora se junta à mineradora canadense para lucrar com o ouro que será retirado de um assentamento, o governo do Pará se associou com a Belo Sun em um projeto para construir uma refinaria de ouro no Estado.

Em fevereiro, durante um evento realizado pelo governador Helder Barbalho, no Palácio dos Despachos, em Belém, foi assinado “um protocolo de intenções” com seis mineradoras, entre elas a Belo Sun. Helder Barbalho disse, na ocasião, que a ideia é implantar “a maior refinaria de ouro do País” dentro do Pará, com apoio dessas empresas.

A Belo Sun afirma que seu Projeto Volta Grande terá investimento total de R$1,22 bilhão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.