Três atletas da seleção brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas foram afastadas pela Confederação Brasileira da categoria após denúncia de abuso sexual contra uma de suas companheiras de equipe. Lia Martins, Geisa Vieira e Denise Eusébio teriam cometido o ato em fevereiro do ano passado, mas apenas neste ano a denúncia foi feita por uma jogadora que pediu para não ser identificada.

A entidade emitiu nota assinada pelo seu presidente, Valdir Soares de Moura, para comentar o ocorrido. “Decidimos pelo afastamento das atletas mencionadas com o objetivo de resguardá-las e de garantir o direito de defesa, assegurando o tempo para esclarecimento e apuração dos fatos, dependendo do resultado poderão ou não voltar a defender nossa seleção. Diante do exposto, vimos informá-los da nossa decisão e fazemos votos de que tudo se esclareça da melhor forma”.

O caso aconteceu durante um treino no alojamento da equipe Gladiadoras/Gaadin (Grupo de Ajuda dos Amigos Deficientes de Indaiatuba), na cidade de Indaiatuba, interior de São Paulo. A vítima contou que as três afastadas usaram um pênis de borracha para abusá-la sexualmente. Ela teria sido retirada à força da cadeira de rodas, jogada no chão e suas roupas foram tiradas. A coordenadora do time, Gracielle Silva, aparece segurando a vítima e fotos do abuso circularam em diversos grupos de Whatsapp. Gracielle se suicidou no dia 29 de maio.

Lia admitiu que houve o ato, mas disse que tudo não passou de uma brincadeira. “Foi uma brincadeira de mau gosto e agora vai destruir a minha vida”, falou a atleta. “A gente sempre falava essas besteiras e dávamos risadas. Mas ela (a vítima) dizia que não precisava de pinto de borracha nas suas relações. O objeto é meu, e eu não tive a intenção de machucá-la”, completou.

Lia é a principal atleta da seleção. Ela disputou as paralímpiadas no Rio, em 2016 (Geisa também fez parte do time), a de Londres, em 2012, e a de Pequim, em 2008. Ela já foi vencedora do Prêmio Brasil Paralímpico em 2011, 12 e 15. Pela seleção, foi campeã sul-americana, das Américas e medalha de bronze nos Parapans de Guadalajara e Toronto.

A vítima deixou o time de Indaiatuba neste ano e não prestou queixa anteriormente por receio de represália. Ainda de acordo com a reportagem, a atleta iria prestar queixa em uma delegacia há três semanas, mas teve um problema de saúde e está se

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