14/02/2020 - 9:30
Parasita é o grande vencedor do Oscar 2020.
Mais que isso.
Nunca, na história do prêmio, uma película não falada em inglês conquistou o Oscar de Melhor Filme.
Mas não parou por aí.
Levou ainda o Oscar de Melhor Filme Internacional, Roteiro Original e Diretor, outro feito inédito para um filme não americano.
É certo que nem nos mais desvairados sonhos do diretor e dos produtores sul coreanos o filme teria uma performance como essa.
Até mesmo quem apostava no sucesso do filme, não poderia imaginar que o danado passaria o rodo, desse jeito.
Desconfio que o título ajudou muito.
Porque não tem nada mais contemporâneo no mundo do que “parasita”.
O Corona, que é o assunto da vez, por exemplo, é um vírus.
E vírus são parasitas, obviamente.
Mas a atualidade desse tema está muito além do vírus.
Parasitas tomaram conta do mundo.
De doenças ao Oscar, passando pela política e pelo comportamento social.
Garanto que com o sucesso do filme, já deve ter gente escrevendo o Parasita 2.
Eu mesmo já estou separando algumas ideias para tentar minha sorte em Hollywood.
Divido aqui algumas ideias, que pretendo enviar para a Netflix.
Parasita 2 – Um Parasita na Casa Branca
Terror clássico, tipo Stephen King.
Um presidente americano zumbi (pensei no Roberto Justus para ator), num futuro próximo, decide que está acima da Constituição e passa a sugar recursos e informações de outras Nações para garantir sua sobrevivência no poder, como um parasita da Nação.
Sua saga é descoberta tarde demais.
A maioria do Senado, que poderia destruir o parasita, também já se transformou em zumbi.
Cliffhanger de primeira para o Parasita 3.
Parasita 2 – O Parasita Mora em Casa
Uma comédia de costumes, no estilo de A Grande Família, focada nas desventuras de um clã que assume o poder numa republiqueta latina.
Na primeira meia-hora é meio pastelão, o presidente de sandália no Palácio, reunião de Ministros com camisa de time de futebol, essas coisas quem ninguém acredita, mas ri.
O ponto alto, no entanto, são as hilariantes trapalhadas dos filhos do presidente, os parasitas, sempre colocando o pai em situações constrangedoras no Brasil e no mundo.
Como toda grande comédia, é filme de ator.
Pensei em Renato Aragão para o papel do presidente.
Parasita 2 – O Parasita Remoto
Ficção Científica misturada com terror, tipo Alien.
O filme explora a ideia de que nem todo parasita precisa viver próximo de seu hospedeiro.
Um astrólogo auto-intitulado filósofo, torna-se o parasita de um governante.
O plot twist é quando descobrimos que o parasita injeta suas ideias malignas no cérebro do mandatário há mais de 5 mil quilômetros de distância, o que cria um desafio para a ciência, já que não podem atuar diretamente no presidente infectado.
Não tenho um final ainda para o roteiro.
Mas acaba mal.
Parasita 2 – O Parasita Está de Volta
O melhor guardei para o final.
Ficção e suspense daqueles de assistir pelas frestas dos dedos, tapando os olhos com as mãos.
Começa com um líder latino, popular, amado pelo povo.
Se corrompe e vira um parasita do Estado.
É preso e quando todos imaginam que ele não representa mais perigo, é libertado.
Mais ou menos como aqueles filmes onde um vírus escapa do laboratório.
O homem precisa encontrar um hospedeiro para sobreviver, então reúne um exército de parasitas e promete voltar a contaminar o país.
Eu sei.
É um roteiro pouco convincente, pode ser que as produtoras achem absurdo demais de tão ficcional.
Minha esperança é que, como é passado no Brasil, talvez a Netflix acredite.