O Paraná ainda está com 122 colégios ocupados por estudantes que protestam contra a MP 241, que limita investimentos em diversos setores, incluindo a Educação, assim como, um cronograma de ensino integral no Ensino Médio. Por causa das ocupações subiu de 74 para 77 colégios no Estado que não terão provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A medida foi anunciada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação (MEC), que adiou as provas nesses locais deste sábado (5) e domingo (6) para os dias 3 e 4 de dezembro.

Segundo a estudante Rillary Bernardes, 17, que faria a prova no Colégio Dr. Xavier da Silva, em Curitiba, os estudantes lutam “por algo muito bom”. “Acredito que as ocupações lutam por um propósito muito bom, a educação brasileira já é precária e a PEC 241 não ajudaria de modo algum nossa educação. Mas confesso que atrapalhou bastante meus estudos para o Enem. Meu cursinho vem me preparando a semana inteira para a prova com uma revisão excelente. Além disso, sinto que os que farão a prova amanhã estarão mais preparados e no ritmo do Enem do que eu, que vou prestar daqui a um mês”, afirmou.

Durante a noite de quinta-feira, dezenas de estudantes também invadiram o prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na Praça Santos Andrade, área central de Curitiba. Em coletiva de imprensa, o reitor da UFPR, Zaki Ackel Sobrinho disse que iria “privilegiar o diálogo em vez da força”. Alguns alunos do curso de Direito decidiram entrar com pedido de reintegração de posse.

No começo da noite, grupos contrários à ocupação fizeram uma manifestação em frente à universidade e apesar da troca de ofensas de ambos os lados até as 20 horas não havia registro de algum incidente.

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