Paralisia cerebral: entenda a condição do filho de Isabella Fiorentino

Lorenzo, de 14 anos, foi diagnosticado com paralisia cerebral após seu nascimento prematuro

Reprodução/Instagram.
Isabella Fiorentino mostra evolução de filho com paralisia cerebral. Foto: Reprodução/Instagram.
A apresentadora e modelo Isabella Fiorentino, 48, emocionou os seguidores ao publicar imagens caminhando ao lado do filho Lorenzo, de 14 anos, que foi diagnosticado com paralisia cerebral logo após o nascimento. Lorenzo é um dos trigêmeos de Isabella, que vieram ao mundo com apenas seis meses de gestação. Apesar de os irmãos também terem nascido prematuros, somente ele apresentou sequelas.

“Meus trigêmeos nasceram com apenas 27 semanas de gestação. Foram 90 dias na UTI e uma verdadeira montanha-russa emocional!”, compartilhou Isabella em 2020.

O que é paralisia cerebral?

Paralisia cerebral é um distúrbio neurológico permanente que afeta o desenvolvimento motor e a coordenação muscular. Embora não seja uma doença em si, o termo engloba um grupo de condições causadas por alterações no cérebro ainda em desenvolvimento, seja por malformações ou lesões em áreas responsáveis pelos movimentos corporais.

A condição é frequentemente associada a partos prematuros ou bebês com baixo peso ao nascer. Além das dificuldades motoras, crianças com paralisia cerebral podem apresentar comprometimentos cognitivos, comportamentais, visuais, auditivos e, em alguns casos, sofrer com crises convulsivas.

Tratamento

O manejo da paralisia cerebral (PC) envolve uma equipe multidisciplinar e é adaptado às necessidades específicas de cada paciente, visando melhorar a qualidade de vida, estimular o desenvolvimento funcional e minimizar limitações. Embora não exista cura para a condição, várias estratégias terapêuticas e médicas podem ser empregadas. A seguir, estão os principais tipos de tratamento utilizados:

Medicações para controle da espasticidade e rigidez muscular, tais como:

  • Baclofeno

  • Diazepam

  • Toxina botulínica (Botox)

Intervenções cirúrgicas:

  • Procedimentos ortopédicos para corrigir deformidades musculares ou ósseas

  • Cirurgias neurocirúrgicas, como a rizotomia dorsal seletiva, indicada em casos severos de espasticidade

Fisioterapia:

  • Estímulo motor e fortalecimento dos músculos

  • Exercícios para alongamento e manutenção da postura

  • Treinamento da marcha, com auxílio de órteses ou andadores

Fonoaudiologia:

  • Terapia para aprimorar fala, linguagem e comunicação

  • Treinamento para deglutição e alimentação em casos de dificuldades orais

  • Utilização de métodos alternativos de comunicação, como pranchas ou dispositivos eletrônicos

Terapia Ocupacional:

  • Desenvolvimento de habilidades para atividades cotidianas, como vestir-se, alimentar-se e escrever

  • Adaptação de equipamentos e utensílios para aumentar a independência

  • Exercícios para melhorar a coordenação motora fina

Suporte educacional e psicológico:

  • Inclusão escolar com adaptações pedagógicas adequadas

  • Acompanhamento psicológico para a criança e sua família

  • Intervenção psicopedagógica, quando indicada

Tratamentos complementares:

  • Equoterapia (uso de cavalos na terapia)

  • Hidroterapia

  • Musicoterapia

  • Terapias que envolvem realidade virtual ou robótica, disponíveis em centros especializados

Equipe multidisciplinar envolvida no acompanhamento:

  • Neurologista pediátrico

  • Ortopedista

  • Fisioterapeuta

  • Terapeuta ocupacional

  • Fonoaudiólogo

  • Psicólogo e assistente social