O Paraguai comemorou nesta quinta-feira (17) a decisão da Unesco de declarar o tereré, a tradicional bebida de ervas do pais, como patrimônio imaterial da humanidade.

“Estamos emocionados pelo reconhecimento que representa um orgulho para todos os paraguaios, inclusive os estrangeiros que se adaptaram rapidamente aos nossos costumes”, disse o ministro da Cultura, Rubén Capdevila, em declarações à imprensa.

Trata-se da primeira manifestação cultural originária do Paraguai, que é declarada patrimônio imaterial da liberdade.

O tereré é uma infusão de ervas medicinais refrescantes (pojá ñaná, em idioma guarani), preparada para suportar o calor intenso do verão, que varia entre os 30 e os 40 graus centígrados.

Ingere-se fria com bomba em uma cuia de chifre bovino, fabricado artesanalmente, e deve conter erva mate, um arbusto que crescer no campo paraguaio.

A água com a infusão de ervas é depositada em um recipiente (jarra de argila, plástico ou metal), e algumas vezes em uma garrafa térmica. A bebida é consumida em grupo, embora esta tradição tenha sido interrompida pela pandemia de covid-19.

O Paraguai celebra o Dia Nacional do Tereré para fomentar este hábito, que remonta a antes da conquista espanhola.

Diferentemente de outros países da região, como Argentina, Uruguai e Brasil, o mate quente (ka-ay em guarani) é consumido apenas antes do café-da-manhã ou à tarde, na hora do chá.