SALSBURGO, 20 SET (ANSA) – O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse nesta quinta-feira (20) que o plano econômico da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, para a saída do Reino Unido da União Europeia (EU) “não vai funcionar”.   

A declaração foi dada após uma reunião de dois dias entre os principais lideres do bloco, que concluíram que as sugestões de May iriam prejudicar a união dos outros 27 países da UE. A líder britânica quer manter o mercado comum para mercadorias, não para serviços, o que a UE classifica como vantajoso demais para o Reino Unido. Tusk disse que as propostas “não vão funcionar, porque elas podem prejudicar o mercado comum no bloco”.   

Mesmo com os dois lados longe de um entendimento, principalmente sobre a questão da fronteira entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte, nenhuma das partes buscou o conflito. May pediu “flexibilidade” durante jantar com líderes da UE nesta quinta-feira (20). Os dois lados disseram que querem um acordo em até dois meses para permitir que os parlamentos de cada país membro aprovem as medidas antes de março, quando vence o prazo para o Brexit.   

“Sem um acordo no Conselho Europeu, em outubro, não haverá reunião extraordinária em novembro. Se forem dados passos adiante, voltaremos a nos reunir entre os dias 17 e 18 de novembro”, disse Donald Tusk, que definiu a próxima reunião do Conselho como “hora da verdade” para o fechamento de um acordo.   

Theresa May se também reuniu com o primeiro-ministro da República da Irlanda, Leo Varadkar, que disse que “o tempo está se esgotando” para chegar um entendimento. O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que a UE tem princípios “muito claros” sobre a preservação da integridade do mercado comum”.   

Segundo pesquisas realizadas no Reino Unido, mais da metade dos cidadãos apoia a realização de um novo plebiscito sobre o Brexit se as negociações com a UE não vingarem. Theresa May nega a possibilidade, dizendo que a decisão foi tomada em 2016. Caso haja acordo, o Brexit entrará em vigor em 29 de março de 2019, mas com um período de transição até 31 de dezembro de 2020. Por outro lado, se não houver entendimento, a ruptura será total e imediata a partir do próximo dia 30 de março. (ANSA)

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