O Comitê Olímpico Russo denunciou, nesta sexta-feira (23), a confirmação pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) de sua suspensão como uma “discriminação sem precedentes” contra seus atletas, submetidos a “critérios humilhantes para poderem participar das Olimpíadas de 2024”.

Acusando o TAS de ter “ignorado os diversos argumentos jurídicos” apresentados pela Rússia, o Comitê Olímpico Russo (ROC) acusou em um comunicado a instância com sede em Lausanne, Suíça, de atuar como “um instrumento político” a serviço do Ocidente.

“Há muito tempo, o Tribunal Arbitral do Esporte perdeu a sua objetividade em tudo que é relativo à Rússia”, afirmou a organização russa, apontando uma “discriminação esportiva contra os russos, que alcançou proporções sem precedentes”.

Também acusou o Comitê Olímpico Internacional (COI) de “fazer todo o possível para diminuir o número de atletas (russos) convidados” para participar das Olimpíadas de Paris, e de lhes impor “critérios humilhantes”.

Atletas russos e bielorrussos podem participar dos Jogos Olímpicos de 2024, desde que não tenham apoiado a ofensiva russa na Ucrânia e sob bandeira neutra.

O Comitê Olímpico Russo também alertou nesta sexta-feira as federações desportivas russas que o respeito por estas exigências do COI “pode constituir uma violação da legislação russa”, ameaçando-as com “consequências legais e outras consequências negativas” de tal consentimento.

A suspensão confirmada do ROC soma-se a uma série de sanções tomadas pelo COI no final de fevereiro de 2022, logo após o início do conflito: proibição de toda competição internacional em solo russo, bem como na aliada Belarus, e de todos os símbolos oficiais dos dois países nos recintos de competição e nos pódios mundiais.

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