O papa Francisco reconheceu nesta quarta-feira (22) que o homem “poluiu e depredou” a Terra, e elogiou os movimentos e jovens de todo o mundo que se mobilizam e “vão às ruas” para salvar o planeta.

Durante sua audiência, realizada na biblioteca privada do palácio apostólico devido à pandemia de coronavírus, o papa se referiu à 50ª Jornada Mundial da Terra festejada nesta quarta-feira e aos desafios envolvidos junto com a emergência de saúde global.

“O homem, por egoísmo, falhou em sua responsabilidade como guardião e administrador da Terra. A poluímos e depredamos, colocando em risco nossas vidas. Falhamos em proteger a Terra, nossa casa jardim” lamentou o papa.

“Pecamos contra a Terra, contra nosso próximo e, em última instância, contra o Criador”, acrescentou.

O pontífice argentino considera que “somente juntos e ajudando os mais fragilizados podemos superar os desafios globais” atuais.

Francisco reconheceu “vários movimentos internacionais e locais foram formados para despertar as consciências” sobre a necessidade de se defender o meio ambiente.

“Será necessário que nossos filhos saiam às ruas para ensinarmos o óbvio, ou seja, que não há futuro para nós se destruirmos o meio ambiente que nos sustenta”, enfatizou.

O papa latino-americano, que deseja passar a história como um pontífice ambientalista, fez novamente um apelo a “uma conversão ecológica, expressa em ações concretas”.

“Como uma família única e interdependente, precisamos de um plano compartilhado para evitar as ameaças ao nosso Lar Comum. A interdependência nos obriga a pensar em um mundo, um projeto comum”, destacou.