O ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto de Franco França, avaliou nesta quinta-feira, 19, que, apesar do fortalecimento de seus quatro sócios, o Mercosul ainda não conseguiu projetar seus membros na atividade internacional. “(O bloco) Ainda não logrou êxito em entrar nos mercados globais, pouco fez até o momento para a inserção de seus integrantes na economia global”, disse durante audiência pública da Comissão de Relações Exteriores do Senado, que debate o tema “Mercosul: tarifa externa comum e potencial de ampliação do bloco”.

Segundo o ministro, esta é uma lacuna que o governo de Jair Bolsonaro tenta preencher.

O Mercosul, de acordo com ele, contribui para elevar o fator geopolítico do Brasil e levou a forte crescimento das trocas entre os quatro sócios, ainda que tenha perdido força nos últimos anos.

França citou como exemplos de setores ainda relevantes o automotivo, químico e têxtil.

“Reconhecer valor do Mercosul não significa ignorar carências e desafios que ainda enfrenta”, disse ele, no evento por videoconferência também com participação do ex-ministro das Relações Exteriores e embaixador Celso Lafer; o ministro da Economia, Paulo Guedes; o embaixador do Uruguai para o Brasil, Guilhermo Valles Galmes; e o gerente de Políticas de Integração Internacional da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Fabrízio Sardelli Panzini.