Pensando na segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, que em agosto e setembro, o Exército Brasileiro lançou mais uma etapa da Operação Dínamo, cujo objetivo é fiscalizar explosivos, armas, munições, fogos de artifício e outros produtos controlados em todo o País. Uma pessoa foi presa e 42 já foram multadas, em um total de 269 vistorias.

Uma das apreensões mais significativas ocorreu no Paraná, onde foram localizados 6 mil quilos de nitrato de amônia irregular, defensivo agrícola que pode ser matéria-prima para confecção de explosivos. Na Amazônia, foram localizados 1,9 mil quilos de explosivos sendo transportados sem autorização. Em outra blitz, no Rio, uma pessoa foi flagrada com 50 quilos de fogos de artifício com registro vencido e acabou detida.

Esta é a quarta etapa da operação, e vai durar apenas três dias. Ainda há outras fases previstas para ocorrer antes de a Olimpíada ter início. “Queremos garantir máxima segurança no País pelo menos no período dos jogos, quando vamos estar na vitrine”, afirmou o comandante logístico do Exército, general Guilherme Theophilo Oliveira.

Ele afirmou que se preocupa com as áreas de fronteiras e com a atuação de “lobos solitários”, autores de ações terroristas individuais. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) já havia emitido um alerta de que eles seriam “a principal ameaça dos Jogos”. “Vamos deixar pelo menos mais difícil qualquer tentativa de atentado”, disse Theophilo.

A Operação Dínamo se caracteriza pela cooperação entre Exército e outras organizações, como Polícias Federal, Civil e Militar, Ibama e Receita Federal. São considerados produtos controlados aqueles com poder de destruição e dano a pessoas ou patrimônios – por isso, seu uso é restrito a pessoas ou empresas legalmente habilitadas.

A atividade irá fiscalizar a importação, a exportação, a fabricação, o comércio, o transporte e a utilização desses produtos, por meio de um efetivo de 1,3 mil pessoas, divididas em 300 equipes. “A sociedade precisa se sentir protegida”, disse o general Ivan Ferreira Neiva Filho, chefe da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército.

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Ainda no âmbito dos Jogos Olímpicos, será deflagrada outra operação, batizada Guardião, para agilizar o desembaraço alfandegário das armas dos atletas que virão ao Rio competir nas provas de tiro esportivo ou pentatlo moderno. São esperadas cerca de 1,2 mil armas – 900 na Olimpíada e 300 na Paralimpíada.


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