A pandemia de coronavírus é uma crise sem precedentes, de várias maneiras semelhante a uma guerra, e a resposta é um aumento no papel do setor público, afirmaram nesta quarta-feira vários economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

“A pandemia do Covid-19 é uma crise como nenhuma outra. É como se fosse uma guerra e de várias maneiras. As pessoas estão morrendo”, disseram os especialistas Giovanni Dell’Ariccia, Paolo Mauro, Antonio Spilimbergo e Jeromin Zettelmeyer em um relatório.

Os funcionários da entidade multilateral apontaram que, nos casos de guerra, gastos maciços em armas estimulam a atividade econômica e asseguram serviços essenciais.

“Nesta crise, as coisas são mais complicadas, mas a característica comum é a necessidade de um maior papel para o setor público”, indicaram.

Para os autores do estudo, a epidemia em sua fase mais intensa deve durar pelo menos um ou dois trimestres, em um momento em que existem quase 50.000 mortes no mundo e as medidas para impedir a disseminação causaram uma desaceleração econômica geral.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, comparou a crise como a mais desafiadora “desde a Segunda Guerra Mundial”.

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Para os economistas, o “sucesso” do ritmo da recuperação dependerá significativamente das políticas adotadas durante a crise.

Na terça-feira, o Fundo informou que pactuou com seus países-membros em renovar os contratos de empréstimo, o que garante à entidade sua capacidade creditícia diante da pandemia.

Na semana passada, a diretora-administrativa do FMI, Kristalina Georgieva, observou que a economia global já entrou em recessão devido à parada súbita de atividade causada pela pandemia, que levou a mais de 80 países, a maioria baixa renda, a pedir empréstimos de emergência.


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