Para BC, sequência de déficit nas estatais mostra que tendência da dívida líquida é de aumento

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, afirmou nesta sexta-feira, 28, que a sequência de déficits primários nas estatais registrada nos últimos anos mostra uma tendência de aumento da dívida líquida. Ele observou que de janeiro a outubro de 2025 o déficit acumulado pelas estatais somou R$ 7,4 bilhões. Em 2024, a rubrica registrou rombo de R$ 8 bilhões, e, em 2023, de R$ 2,3 bilhões.

“Essa sequência de déficit mostra que, de fato, a tendência da dívida líquido é de aumento”, disse Rocha.

Ele ponderou que, se esses resultados forem devido a investimentos promovidos por essas empresas e se provarem rentáveis, ou seja, levarem essas empresas a terem melhores resultados no futuro, é possível imaginar, intertemporalmente, um equilíbrio.

Salientou, no entanto, que os dados nos últimos anos têm mostrado um aumento da dívida líquida e um maior estoque da dívida. “Tudo mais constante, vai gerar uma maior conta de juros”, emendou.