Milhões de paquistaneses comparecem às urnas nesta quinta-feira (8) para eleições marcadas por denúncias de pesquisas manipuladas e com o político mais popular do país na prisão, enquanto o candidato apoiado pelos militares é apontado como o favorito.

As autoridades anunciaram a suspensão do serviço de telefonia móvel em todo o país durante a votação “para manter a lei e a ordem”, após uma campanha eleitoral violenta, marcada por duas explosões na quarta-feira que deixaram 28 mortos.

A votação começou às 8H00 locais (0H00 de Brasília) e deve prosseguir até 18H00 (10H00 de Brasília).

“Esta manhã eu rezei, depois encontrei meu irmão e saímos para votar”, declarou Zaeem Khan, de 40 anos, diante de um centro de votação em Lahore.

O governo mobilizou mais de 650.000 soldados, paramilitares e policiais para garantir a segurança durante a votação.

As pesquisas projetam uma participação reduzida entre os 128 milhões de eleitores, após uma campanha marcada pela detenção do popular ex-primeiro-ministro Imran Khan e pela proibição de participação de seu partido, Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI).

A Liga Muçulmana Paquistão-Nawaz é apontada como a vencedora e deve ter o maior número de cadeiras no Parlamento. O fundador do partido, Nawaz Sharif, teria o apoio dos militares, segundo analistas.

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