Dois paquistaneses foram condenados à revelia nesta segunda-feira (9) na Holanda por incitarem o assassinato do líder holandês da extrema direita Geert Wilders, conhecido por sua islamofobia.

Wilders costuma fazer comentários inflamados contra os muçulmanos e vive sob proteção policial desde 2004. Seu partido, o PVV, foi o mais votado nas eleições legislativas do ano passado.

Em 2018, Wilders queria organizar um concurso de charges do profeta Maomé, que foi cancelado após protestos em vários países muçulmanos, principalmente no Paquistão, e devido a diversas ameaças ao político de extrema direita.

Muhamed Ashraf Jalali, um líder religioso de 56 anos, “deixou claro que o Sr. Wilders havia insultado o profeta” em suas redes sociais, e “também disse que achava que ele deveria ser assassinado”, destacou o tribunal.

Jalali foi condenado a 14 anos de prisão, por “incitar e ameaçar assassinar”. Já Saad Husain Rizvi, 29, líder do partido paquistanês de extrema direita Tehreek-e-Labbaik Paquistão (TLP), foi condenado a 4 anos, por “incitar o assassinato e ameaçar assassinar”.

Autoridades holandesas pediram assistência jurídica ao Paquistão para interrogar os suspeitos e citá-los. Mas não existe nenhum tratado de assistência legal entre os dois países e é pouco provável que os paquistaneses cumpram suas penas.

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