Imagine uma São Paulo em que a elite rica e moradora do centro é negra e a população pobre  da periferia é branca. A provocação é do filme “Mundo Deserto de Almas Negras”, de Ruy Veridiano, que estreia na quinta-feira 16. Nesta realidade paralela, Oscar (Sidney Santiago), um jovem e ambicioso advogado, aceita entregar celulares em um presídio para um membro da organização criminosa “Fundação do Crime”. “Essa inversão de lugares nas telas choca e explicita questões raciais da sociedade”, diz o ator, lembrando, também, que personagens negros em geral ocupam espaços marginalizados no cinema brasileiro. “Essa é uma das qualidade do diretor: propor em seus filmes novas estéticas e narrativas, para fora do que temos como tradição no cinema nacional”, conclui. Helena Borges


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