Todos os chefes de Estado vivos, e que lutam pela vida com sérios propósitos políticos na mente e amor no coração, estão na COP 26. Somente o chefe de Estado morto, que perambula feito fantasma e ergue brindes à morte e ao medo, não compareceu. Esse é o presidente que comanda o Brasil e chama-se Jair Bolsonaro. Onde há claridade, ele prefere as trevas. Ao entestar a luz, opta pela escuridão. No lugar de debates, propostas e cumprimento de acordos, ele escolhe o desdém. A vida o deixa zonzo, a morte dos outros o cura da ressaca. Diante da água clara das cachoeiras, ele quer a água turva. O canto de pássaros lhe dói na cabeça; a pedra no bodoque o cura.
Reduzir a emissão de gases geradores do efeito estufa para cumprir a meta do “Acordo de Paris” – elevação da temperatura média do planeta na casa de 1,5 graus centígrados –, isso não é com ele. Bolsonaro foi dar vexame no G20, porque em Glasgow seria cobrado pela destruição ambiental que vem promovendo.
Pensem em seus filhos pequenos, cara leitora e caro leitor. É claro que vocês (permitam-me a informalidade) querem que eles, filhos e netos, encontrem amanhã, quando adultos, um ar que ainda possam respirar.
Pensem em seus filhos e netos, não vamos negar-lhes o amor de lhes proporcionar a segurança de que viverão com árvores saudáveis, florestas incólumes, rios límpidos e ar, muito ar puro.
Amar gente é amar o planeta.
O governo brasileiro deu uma “pedalada” no clima, alterou a base de cálculos e, em decorrência, as reduções de emissão de gases em 37% e 43%, respectivamente em 2025 e 2030, tornaram-se um golpe, uma mentira, uma traição ao porvir da Nação.
Se Bolsonaro e seus adeptos de gestão gostam de estragar o meio ambiente, que se intoxiquem com qualquer substância, mas não com o clima, não com o meio ambiente que pertence a todos nós – porque nós gostamos da vida, nós pensamos em nossos descendentes, nós pensamos nas futuras gerações. E que queremos vê-las felizes e com saúde em um planeta sem a língua de fora devido à falta de oxigênio.
Queremos que a Terra sobreviva: a Terra que é esférica, achatada nos pólos, e que jamais foi plana.