VATICANO, 15 DEZ (ANSA) – O papa Leão XIV teria revelado a existência de um “plano pronto” para visitar a Ucrânia, apesar de ser “difícil de implementá-lo”, segundo relatos divulgados no último fim de semana.
“Seria maravilhoso, e já existe um plano pronto, mas é difícil de implementar”, teria respondido o Pontífice a uma pergunta sobre uma possível viagem a Kiev, durante uma audiência privada com representantes do mundo da óptica e da optometria, por ocasião da celebração de Santa Luzia, padroeira da visão.
A declaração surge poucos dias após o encontro de Robert Prevost com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Castel Gandolfo.
Segundo fontes, o Papa reiterou o que seu antecessor Francisco também havia pretendido, mas explicou que as dificuldades para a visita estão sobretudo ligadas às condições de segurança, embora tenha confirmado que o Vaticano já concluiu os preparativos necessários para tornar “possível” a viagem ao país.
A intenção de visitar a Ucrânia já havia sido manifestada em ocasiões anteriores, inclusive após as últimas três reuniões recentes com Zelensky.
“Espero que sim, mas não sei quando. Precisamos ser realistas quanto a essas coisas”, afirmou Leão XIV a jornalistas no último encontro, renovando o apelo por uma “paz justa e duradoura” no país, devastado por quase quatro anos de guerra.
Na mesma manhã, o Papa dirigiu-se também a diplomatas italianos reunidos para a celebração do seu Jubileu, exortando-os a promover o diálogo e a rejeitar discursos de ódio, propaganda e desinformação.
Antes da audiência papal, o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, presidiu uma missa e destacou a necessidade de um duplo compromisso da comunidade internacional diante dos conflitos atuais, como na Ucrânia e na Terra Santa: compaixão pelas vítimas e clareza na busca de caminhos, ainda que difíceis, para a reconciliação. (ANSA).