CIDADE DO VATICANO, 22 ABR (ANSA) – O papa Francisco recebeu o primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, no Vaticano nesta quinta-feira (22) e cobrou responsabilidade da classe política para reerguer o país atingido duramente por uma crise social nos últimos anos.   

“Durante as conversas, que duraram cerca de 30 minutos, o Papa quis reforçar a sua proximidade ao povo libanês, que vive um tempo de grande dificuldade e incerteza, e recordou a responsabilidade de todas as forças políticas de comprometer-se com urgência em benefício da nação”, informou o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Matteo Bruni.   

Ainda conforme o porta-voz da Santa Sé, o Pontífice reafirmou seu desejo de viajar ao território libanês “assim que houver condições” e ainda pediu que a nação seja ajudada por outros países para se reconstruir.   

“O papa Francisco desejou que o Líbano, com a ajuda da comunidade internacional, volte a encarnar ‘a fortaleza dos cedros, a diversidade que da fraqueza se torna a força do grande povo reconciliado’, com a sua vocação de ser a terra de encontro, convivência e pluralismo”, acrescentou Bruni.   

Desde o fim do ano passado, o líder católico vem afirmando que deseja ir ao Líbano, mas a viagem ainda não foi realizada por conta da pandemia de Covid-19. O país já vinha sofrendo com problemas sociais gravíssimos, com o aumento da população pobre e crises na infraestrutura – como o corte constante de energia elétrica.   

Porém, em 4 de agosto de 2020, uma grande explosão no porto de Beirute aprofundou ainda mais os problemas. Além da perda de vidas – cerca de 200 mortes -, o local era o principal porto de entrada para 80% da comida para a população.   

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Por conta da explosão, o governo do país caiu e, após meses de negociação com tentativas políticas frustradas, Hariri voltou ao cargo de premiê. A questão religiosa é bastante importante também para a vida política libanesa porque há o sectarismo político: o presidente é sempre um cristão maronita, o premiê um muçulmano sunita e o chefe do Parlamento é um muçulmano xiita.   

(ANSA).   


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias