O papa Francisco se reuniu na noite deste domingo (7), em Erbil, no Curdistão iraquiano, com o pai de Aylan Kurdi, o menino sírio que se afogou no mar Egeu e se tornou um símbolo trágico da crise dos refugiados em 2015.

As fotos do corpo do menino de três anos, que apareceu em uma praia turca, causou comoção e uma tomada de consciência sobre a situaçao dos refugiados da guerra na Síria.

“O papa se reuniu longamente com Abdula Kurdi”, que agora mora no Curdistão iraquiano, “e pôde ouvir a dor de um pai que perdeu sua família”, informou o Vaticano em um comunicado. O papa fez da acolhida aos refugiados um dos principais temas de seu pontificado.

Aylan Kurdi morreu afogado com seu irmão mais velho, Galip, e sua mãe, Rehanna, quando o bote feito de pneus em que viajavam naufragou no Egeu. A família, originária de Kobane, no norte da Síria, queria ir ao Canadá.

O papa Francisco concluiu neste domingo sua visita ao Iraque, a primeira de um pontífice na história do país, com uma missa em um estádio de Erbil.

Desde a sexta-feira, ele visitou Bagdá, Mossul e Qaraqosh no norte, zona martirizada pelos jihadistas, e defendeu uma das mais antigas comunidades cristãs espalhadas no mundo diante do aiatolá Ali Sistani, uma referência religiosa para a maioria dos muçulmanos xiitas.

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Em um de seus discursos, o papa Francisco pediu a “paz” no Oriente Médio e “em particular na martirizada Síria”, onde a guerra iniciada há dez anos deixou mais de 387.000 mortos.


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