VATICANO, 23 MAI (ANSA) – O papa Francisco vai canonizar o beato Carlo Acutis, conhecido como “padroeiro da internet” na Itália e protetor da tecnologia por seu trabalho de evangelização online que faleceu em 2006, aos 15 anos, informou a Santa Sé nesta quinta-feira (23).   

De acordo com comunicado oficial, o argentino aprovou o decreto que reconhece um milagre atribuído à intercessão do adolescente italiano, abrindo assim caminho à sua canonização.   

A autorização para a convocação do consistório – em data ainda a definir – foi aprovada durante audiência do Pontífice com o prefeito do Dicastério das Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro.   

Na ocasião, Jorge Bergoglio permitiu a publicação de alguns decretos, incluindo a promulgação do milagre atribuído a outros três beatos: Giuseppe Allamano, sacerdote fundador do Instituto das Missões da Consolata; a freira canadense Marie-Léonie Paradis; e a freira italiana Elena Guerra.   

Nascido na Inglaterra, Acutis cresceu em Milão, na Itália, e suas habilidades com a tecnologia eram consideradas excepcionais. Ele dedicou seu dom à Igreja, criando um site para catalogar milagres.   

O adolescente morreu aos 15 anos de idade, vítima de leucemia, em Monza, e foi sepultado, conforme seu desejo, no cemitério de Assis, onde permaneceu até à sua transferência para o Santuário della Spogliazione, na mesma cidade.   

Em 2020, foi beatificado e hoje é considerado o “padroeiro da internet”. Em 2013, começou a tramitar no Vaticano a causa por sua beatificação e ele foi intitulado “Servo de Deus”, primeira etapa de reconhecimento. Em 2018, foi considerado Venerável pelo Papa; e em 2020 foi beatificado.   

“Carlo será proclamado santo, passando assim do culto local, típico da condição de beato, ao culto universal que caracteriza os canonizados”, celebrou o bispo de Assis-Nocera, monsenhor Domenico Sorrentino.   

Recentemente, a história de Acutis viralizou nas redes sociais, principalmente depois de a atriz e criadora de conteúdo Camilla Lecciolli viajar para a Itália e gravar imagens sobre o beato, cuja publicação reuniu mais de 6,3 milhões de visualizações.   

(ANSA).