Papa pretende aumentar salários no Vaticano, dizem fontes

ROMA, 12 JUN (ANSA) – O papa Leão XIV deverá aumentar os salários dos funcionários e autoridades do Vaticano, informaram fontes ouvidas nesta quinta-feira (12).   

O novo líder da Igreja Católica deseja dar continuidade à mudança iniciada logo no início de seu pontificado, quando restabeleceu o bônus do conclave de 500 euros para todos os funcionários, abolido por seu antecessor, o papa Francisco, como sinal de maior capacidade de resposta às necessidades dos pobres.   

Segundo as fontes, esse movimento de Robert Francis Prevost foi apreciado por pessoas próximas ao Vaticano, principalmente por indicar que a temporada de cortes e restrições para funcionários da Santa Sé pode estar chegando ao fim.   

No entanto, a bonificação desembolsada pelo Vaticano, multiplicada pelos até quatro mil funcionários, pode ter representado uma despesa entre 1,5 milhão e dois milhões de euros.   

Os rumores indicam a possibilidade de um aumento médio de 10% nos salários-base: não de forma linear, mas modular, com uma parcela maior para aqueles que recebem menos e outra proporcionalmente menor para aqueles que já ganham mais.   

A mídia local há muito tempo noticia um possível “déficit” nos cofres do Vaticano: o número de 70 milhões de euros aparece de forma recorrente, mas até agora não foi certificado por nenhum balanço financeiro oficial, já que a Santa Sé não publica orçamentos ou relatórios há pelo menos dois anos.   

Os cortes promovidos por Francisco geraram descontentamento entre os funcionários da Santa Sé, que se sentiam injustamente penalizados, deixando um ar mais pesado dentro dos muros vaticanos. Leão XIV, que liderou um Dicastério da Cúria, tem plena consciência desse sentimento negativo.   

Portanto, a intenção do pontífice americano seria colocar um ponto final nesse estado de insatisfação ao destinar recursos, sempre que possível, para complementar os vencimentos. A concessão do bônus do conclave foi interpretada como um sinal de “mudança de clima”. (ANSA).