Papa pede para polícia agir com ‘força da lei e honestidade’

CASTEL GANDOLFO, 15 JUL (ANSA) – O papa Leão XIV celebrou nesta terça-feira (15) uma missa na capela dos “carabineiros” em Castel Gandolfo, cidade a cerca de 30 quilômetros de Roma onde passa férias de verão, e pediu às autoridades policiais que, “nestes tempos de guerra e violência”, respondam ao crime “com a força da lei e a honestidade”.   

“Diante das injustiças que minam a ordem social, não cedam à tentação de pensar que o mal pode prevalecer”, declarou o líder da Igreja Católica aos agentes.   

“Especialmente nestes tempos de guerra e violência, permaneçam fiéis ao seu juramento: como servidores do Estado, respondam ao crime com a força da lei e a honestidade. É assim que a Arma dos Carabineiros, a benemérita, sempre conquistarão a estima do povo italiano”, acrescentou Robert Prevost.   

Na cerimônia privada, que não havia sido antecipada pela Santa Sé, o Santo Padre também recordou “a devoção à Virgem, reflexo fiel do lema dos Carabineiros, “Fiéis através dos séculos”, que expressa “o senso de dever e o sacrifício”.   

“Expresso, portanto, profunda gratidão pelo nobre e exigente serviço que os Carabineiros prestam à Itália e aos seus cidadãos, bem como à Santa Sé e aos fiéis que visitam Roma”, ressaltou o Papa, lembrando especialmente dos “numerosos peregrinos neste Ano Jubilar”.   

Leão XIV citou o venerável Salvo D’Acquisto, “condecorado com a Medalha de Ouro por Valor Militar, cuja causa de beatificação está em andamento”, como um exemplo a seguir e destacou que, em 1949, após a tragédia da guerra, “em um período de reconstrução moral e material”, a fidelidade de Maria a Deus tornou-se “um modelo da fidelidade de cada carabineiros à pátria e ao povo italiano”.   

“Esta virtude expressa a dedicação, a pureza e a constância do compromisso com o bem comum, que os carabineiros protegem, garantindo a segurança pública e defendendo os direitos de todos, especialmente daqueles em perigo”, concluiu.   

Além dos agentes, o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, também participou da missa, junto com outras autoridades militares do país, e sentou-se na primeira fileira.   

(ANSA).