VATICANO, 22 MAI (ANSA) – O papa Francisco alertou nesta quarta-feira (22), durante sua audiência geral na Praça São Pedro, no Vaticano, que atualmente a sociedade vive uma guerra mundial e defendeu a necessidade de se rezar pela paz.   

“Rezamos pela paz, precisamos de paz, o mundo está em guerra.   

Não esqueçamos a atormentada Ucrânia que tanto sofre. Não esqueçamos a Palestina, Israel, que esta guerra. Pare”, apelou.   

Perante milhares de fiéis, o religioso pediu para que Myanmar também não seja esquecido, assim como todos os países envolvidos em algum conflito.   

“Não vamos esquecer Myanmar e não vamos esquecer muitos países em guerra”, enfatizou ele, convidando todos a “rezar pela paz neste tempo de guerra mundial”.   

O líder da Igreja Católica explicou ainda que a humildade “é fonte de paz no mundo e na Igreja”, alertando que “onde não há humildade, há guerra, há discórdia, há divisão”.   

Falando da humildade, e em particular de Nossa Senhora que encarnou plenamente esta virtude, o argentino destacou que esta virtude “é a grande antagonista do mais mortal dos vícios, nomeadamente a soberba”.   

“Enquanto o orgulho e a soberba incham o coração humano, fazendo-nos parecer mais do que somos, a humildade traz tudo de volta à dimensão certa. Somos criaturas maravilhosas, mas limitadas, com pontos fortes e fracos. Desde o início, a Bíblia nos lembra que somos pó e ao pó voltaremos”, explicou.   

De acordo com Jorge Bergoglio, no entanto, no coração humano muitas vezes surgem ilusões de onipotência, que são muito perigosas. “Bem-aventuradas as pessoas que guardam no coração esta percepção da própria pequenez: são preservadas da arrogância”, acrescentou.   

Por fim, o Santo Padre dirigiu seu pensamento às crianças que se preparam para receber a Primeira Comunhão neste mês de maio.   

“Dirijo o meu pensamento a todas as crianças que vivem este importante encontro com Jesus e encorajo-as neste momento de alegria a poder ver também as necessidades dos seus companheiros que sofrem, vítimas da guerra, da fome e da pobreza”, concluiu ele, que comandará no Vaticano a 1ª Jornada Mundial das Crianças no próximo fim de semana. (ANSA).