O papa Francisco pediu, neste domingo (26), “um mundo cada vez mais inclusivo”, por ocasião do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado.

“É necessário caminhar juntos, sem preconceitos e sem medo, ao lado daqueles que são mais vulneráveis: migrantes, refugiados, deslocados, vítimas do tráfico e abandonados”, declarou o papa de uma janela do palácio apostólico na Praça São de Pedro, após a tradicional oração do Angelus.

“Somos chamados a construir um mundo cada vez mais inclusivo, que não exclua ninguém”, disse.

“Uno-me àqueles que, em diferentes partes do mundo, estão celebrando este dia”, disse o pontífice ao saudar as numerosas comunidades estrangeiras na Praça de São Pedro.

O papa, que vem de uma família de emigrantes italianos radicados na Argentina, fez do acolhimento dos migrantes um dos principais temas de seu pontificado, iniciado em 2013.

Ele pediu aos fiéis e turistas que fossem contemplar uma escultura monumental instalada na Praça de São Pedro em setembro de 2019 e representando 140 emigrantes de vários países, religiões e épocas históricas, em um barco.

“Antes de deixar a praça, convido-os a se aproximarem daquele monumento ali, onde está o Cardeal Czerny: o barco com os migrantes, e parar e olhar para aquelas pessoas e ver naquele olhar a esperança que todo migrante tem hoje de começar a viver novamente. Vão até lá. Vejam esse monumento. Não fechemos as portas à sua esperança”.

Um pouco antes, o papa havia denunciado o “fechamento”, que considera a “raiz de muitos males da história, do absolutismo que muitas vezes gerou ditaduras e de muitas violências contra os diferentes”.