CIDADE DO VATICANO, 14 JUN (ANSA) – O papa Francisco denunciou neste domingo (14) no Vaticano a “dramática situação” enfrentada na Líbia, apelando à intervenção internacional para encerrar a violência no país, que vive uma crise política há nove anos.   

“Sigo com apreensão e também com dor a dramática situação na Líbia, que esteve presente na minha oração, nos últimos dias”, disse, na janela do apartamento pontifício, após a oração do ângelus.   

Nos últimos dias, a tensão no país africano subiu após o governo de unidade nacional da Líbia, liderado por Fayez al-Sarraj, rejeitar o plano de paz proposto pelo Egito, que previa um cessar-fogo. Francisco fez um apelo às organizações internacionais e a todos os que têm “responsabilidade políticas e militares” para procurarem um caminho que leve ao “fim da violência” e encontre “a paz, a estabilidade e a unidade do país”.   

O líder da Igreja Católica também rezou “pelos milhares de migrantes, refugiados, requerentes de asilo e pessoas deslocadas internamente na Líbia”.   

“A situação da saúde agravou suas condições já precárias, tornando-os mais vulneráveis a formas de exploração e violência.   

Há crueldade”, destacou o Pontífice. “Convido a comunidade internacional, por favor, a levar a sério a sua situação, identificando percursos e oferecendo-lhes a proteção de que precisam, condições dignas e um futuro de esperança”.   

Segundo o argentino, nesta crise “é necessária uma proximidade e solidariedade reais”.   

A Líbia vive uma crise política e uma guerra interna desde 2011, com a queda do ditador Muammar Kadafi. O pequeno país tem duas forças opostas disputando o poder: a de al-Sarraj, que conta com o apoio de várias nações, e a de Haftar, que lidera o Exército Nacional Líbio e que tem o apoio de diversas milícias. (ANSA)