O papa Leão XIV abordou a violência da guerra civil no Sudão e os confrontos na Tanzânia durante o Angelus deste domingo (2), reforçando o pedido de paz nos dois países. Ele revelou ainda que irá “rezar pelos mortos que ninguém se lembra” neste Dia de Finados.
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“Com grande pesar acompanho as trágicas notícias que chegam do Sudão, em particular às do massacre ao norte de Darfur”, declarou o pontífice, citando “a onda de violência indiscriminada contra mulheres e crianças, ataques a civis indefesos e os graves obstáculos à ação humanitária”, que têm causado “um sofrimento inaceitável a uma população já exausta pelos longos meses de conflito”.
Ao abordar o confronto entre as Forças de Apoio Rápido (RSF) e as Forças Armadas iniciado em abril de 2023 na nação africana, que somente na semana passada assassinou mais de 460 pacientes e seus acompanhantes em um hospital, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), Robert Prevost voltou a reforçar “o apelo para um cessar-fogo entre as partes”, além “da abertura urgente de um corredor de ajuda humanitária”.
“Por fim, convido a comunidade internacional a intervir de forma decisiva e generosa, oferecendo assistência e apoio àqueles que estão trabalhando arduamente para prestar socorro” ao povo sudanês, concluiu Leão XIV, que também mencionou a recente onda de violência nas ruas da Tanzânia, “onde eclodiram confrontos após as recentes eleições políticas, resultando em numerosas vítimas”.
“Exorto a todos a evitarem todas as formas de agressão e a seguirem o caminho do diálogo”, falou o Papa.
Ainda hoje, o líder da Igreja Católica presidirá uma missa às 16h de Roma (12h de Brasília) no Cemitério Verano, em Roma, em celebração ao Dia de Finados.
Segundo o pontífice, ele irá “rezar nos túmulos de pessoas próximas”, mas também dedicará uma prece “aos mortos esquecidos”.
“Rezarei pessoalmente nos túmulos dos meus entes queridos, mas também irei rezar pelos mortos que ninguém se lembra”, revelou.