O papa Leão XIV denunciou a pobreza neste domingo (16) e instou os líderes mundiais e os católicos a atenderem às pessoas marginalizadas, coincidindo com o Jubileu dos Pobres.
O papa americano fez da justiça social um dos temas centrais de seu pontificado.
Durante uma missa na Basílica de São Pedro, Leão XIV afirmou que a Igreja “ainda [está] ferida por pobrezas – antigas e novas -, deseja ser ‘mãe dos pobres, lugar de acolhimento e de justiça’.”
Neste domingo ocorreu o Jubileu dos Pobres, uma das diversas celebrações que compõem o ano santo e que atraem peregrinos de todo o mundo. Coincidiu com o Dia Mundial dos Pobres, uma celebração anual instituída pelo papa Francisco, antecessor de Leão XIV, em 2017.
Após a missa, o papa deve almoçar no Vaticano com um grupo de pessoas em situação de rua, refugiados e pessoas com deficiência. Em Roma, além disso, foram organizados vários eventos comunitários para ajudar cidadãos em situação de pobreza.
“Exorto, portanto, os chefes de Estado e os responsáveis das nações a ouvirem o clamor dos mais pobres”, disse Leão XIV durante sua homilia.
“Não poderá haver paz sem justiça, e os pobres nos lembram disso de muitas maneiras, com sua migração, assim como com seu clamor tantas vezes sufocado pelo mito do bem-estar e do progresso que não leva em conta a todos, e que até esquece muitas criaturas, abandonando-as ao seu próprio destino”, destacou.
Além da própria pobreza, o papa ressaltou que “existem muitas situações morais e espirituais, que frequentemente afetam sobretudo os mais jovens” e que conduzem à “solidão”.
O sumo pontífice instou os fiéis a “estarem atentos ao outro”, para alcançar aqueles que vivem “às margens” e torná-los “testemunhas da ternura de Deus”.
ams/phz/jvb/dd/jc