CIDADE DO VATICANO, 13 ABR (ANSA) – O papa Francisco lavou os pés de 12 detentos nesta quinta-feira (13), como parte das tradicionais celebrações e rituais de Páscoa. O local escolhido para a missa “In Coena Domini” foi o Centro de Detenção de Paliano, na província de Frosinone. O Pontífice lavou os pés de 12 presidiários, entre eles três mulheres, um muçulmano que será batizado no catolicismo em junho, um argelino e um albanês. Os outros seis são italianos e dois deles foram condenados à prisão perpétua. A missa de lava-pés dá início ao chamado “tríduo pascal”, que continua amanhã (14) com a Via Sacra no Coliseu, em Roma, e com uma vigília na noite de sábado (15). No domingo de manhã (16), dia de Páscoa, o Papa fará uma missa e pronunciará no Vaticano a tradicional mensagem “Urbi et Orbi” (“À cidade de Roma e ao mundo”, em latim).   

O Centro de Detenção de Paliano é o único instituto na Itália reservado a colaboradores da Justiça e delatores. Atualmente, a prisão mantém 70 pessoas, sendo quatro mulheres. O ritual da missa de lava-pés ocorreu de maneira extremamente privada e somente uma parte da homilia foi transmitida pela Rádio Vaticana. “Não digo hoje para vocês lavarem os pés uns dos outros, seria uma brincadeira, mas a simbologia disso, a figura que representa, a mensagem de ajudar o outro, colocar-se a serviço de alguém, isso é amor”, comentou Francisco. O Papa também contou que “hoje, pelo caminho ao centro de detenção, as pessoas me cumprimentavam: ‘aí vem o Papa, o chefe da Igreja’. Mas o chefe da Igreja é Jesus”, corrigiu. (ANSA)