BAGDÁ, 6 MAR (ANSA) – O papa Francisco realizou neste sábado (6), na Catedral Caldeia de São José, em Bagdá, no Iraque, a primeira missa realizada por ele em território iraquiano.   

Durante a caminhada até o altar, o Pontífice foi acompanhado por dezenas de religiosos e apareceu mancando.   

Além de diversos líderes católicos no país, também estava presente o presidente do Iraque, Barham Salih, acompanhado de sua esposa.   

Citando a liturgia da missa, que fala de sabedoria e de promessas feitas aos beatos, o Pontífice afirmou que “no mundo, quem tem menos é descartado e quem tem mais é idolatrado. Para Deus, não. Os ricos terão uma avaliação intensa, mas os últimos serão privilegiados”.   

Ao falar sobre os “perseguidos e os que sofrem”, o Pontífice afirmou que “o amor é nossa força, é a força de tantos irmãos e irmãs que também aqui sofreram perseguições por causa do nome de Jesus”. Além disso, que para se tornar um beato “não é preciso ser herói”, mas apenas dar “testemunhos todos os dias”. “É assim que se muda o mundo. Não é com o poder e com a força, mas com a gratidão e atitudes”, disse ainda.   

Sobre as reações que todos têm perante aos problemas e aos sofrimentos, Jorge Mario Bergoglio, afirmou que “há sempre dois caminhos de tentação: o primeiro é a fuga, virar as costas, escapar, não querer saber. O segundo é reagir com raiva, […] mas Jesus mudou a história com a força humilde do amor, com seu testemunho paciente. Assim também nós somos chamados a reagir”.   

O discurso continuou centrado no Evangelho lido durante a missa, e Francisco falou diretamente para todos os que se sentem fracos perante diversas situações.   

“Às vezes, podemos nos sentir incapazes e inúteis, mas não acreditemos nisso. Porque Deus quer que continuemos a cumprir a nossa vida. Não devemos esquecer que, com Jesus, nós somos beatos e ele cumpre suas promessas”, acrescentou.   

A missa foi celebrada em diversos idiomas locais, mas o papa Francisco rezou apenas em italiano – sendo cada trecho de sua homilia traduzido para os presentes.   

Segundo a agenda divulgada pelo Vaticano, esse foi o último compromisso oficial do líder católico neste sábado no Iraque.   

Neste domingo (7), Bergoglio terá uma agenda intensa em Irbil, Mossul e Qaraqosh antes de retornar para Bagdá. (ANSA).