O engenheiro Leniel Borel recebeu uma carta de solidariedade, consolo e reconforto espiritual da mais elevada significância: o remetente é o papa Francisco. Leniel é pai do garotinho de quatro anos Henry Borel, seviciado e assassinado, segundo acusação da polícia e denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro, pelo vereador afastado Dr. Jairinho, então namorado da mãe do menino, Monique Medeiros, que também responde pelo crime dada à sua omissão diante das torturas que Jairinho vinha impondo ao menino. A missiva do Vaticano é assinada pelo monsenhor Luigi Roberto Cona, assessor para Assuntos Gerais da Secretaria da Santa Sé. Uma familiar de Leniel, residente em Portugal, escreveu a Francisco relatando o caso e o desesperado sofrimento pelo qual estão passando o pai de Henry e sua avó Noeme. Na semana passada veio a notícia de que a carta de apoio do papa chegara. Nela,

ETTORE FERRARI

Francisco, seguindo fielmente a sua formação jesuíta, pede que Leniel e Noeme não se deixem levar, em meio à tanta dor, pela cultura do ódio e da indiferença: que se recusem a odiar aqueles que lhe fizeram o mal.

Carta de um jesuíta “(…) Seja do número de pessoas que se recusam a entrar no circuito do ódio, que se recusam a odiar aqueles que lhe fizeram mal, dizendo-lhes: ‘Não tereis o meu ódio’. Desse modo, ajudará a parar o mal, como fez Abraão quando pediu a Deus para não exterminar os justos com os culpados”

A história de terror e covardia

Divulgação

Henry Borel morreu no dia 8 de março e apresentava em seu corpo, de acordo com laudo do IML, hemorragia no fígado e diversas lesões espalhadas por todo o seu pequeno e indefeso corpo de quatro anos de idade. A mãe do garoto, Monique Medeiros, e seu namorado, o vereador afastado Dr. Jairinho, estão presos e serão julgados pelo Tribunal do Júri. Foram denunciados pelo MP por homicídio duplamente qualificado: tortura e impossibilidade de defesa da vítima. Segundo testemunhas, Jairinho agredia Henry sistematicamente. Fizera o mesmo com a filhinha de uma ex-namorada, saltando diversas vezes sobre o abdômen da criança.

Oriente Médio
EUA pedem cessar-fogo, mas a guerra continua

VIOLÊNCIA Ataque israelense à agência AP e ao canal de televisão Al-Jazeera: ameaça à imprensa (Crédito:Hatem Moussa)

A Faixa de Gaza vive uma guerra. Desde a segunda-feira 10 e até a quinta-feira 20, duzentas e quarenta pessoas morreram após ataques aéreos de Israel contra palestinos. Apesar da mobilização internacional, não haviam confirmações, de uma trégua, até a quinta-feira. Israel bombardeou a Faixa de Gaza mesmo depois de o presidente dos EUA, Joe Biden, ter ligado, em uma única semana, quatro vezes para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. “Continuaremos até que o nosso objetivo seja alcançado”, disse Netanyahu. Biden só pediu um cessar-fogo depois de muita pressão do Partido Democrata — afinal, EUA e Israel mantêm desde 1948 excelentes relações diplomáticas. “O colonialismo israelense é a origem da violência”, disse o embaixador da Organização para a Libertação da Palestina no Reino Unido, Husam Zomlot. Os ataques direcionados aos palestinos são combinados via WhatsApp. “Agora que nos organizamos, eles não podem nos parar”, dizia uma mensagem, que incentivava a violência na Faixa de Gaza. O Hamas, que governa a região, declarou que um cessar-fogo é “iminente”.

Antártida
O maior iceberg do mundo

Um bloco de gelo na Antártida, com dimensões três vezes maiores que a cidade de São Paulo, transformou-se no maior iceberg do mundo após ter se desprendido da plataforma Ronne. O iceberg A-76 tem 25 quilômetros de largura e 170 quilômetros de comprimento, totalizando 4.320 quilômetros quadrados. De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), o então maior iceberg do mundo ficava no Mar de Weddell e tem 3.380 quilômetros quadrados.