VATICANO, 27 OUT (ANSA) – O papa Leão XIV recebeu nesta segunda-feira (27), no Vaticano, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, para discutir as relações bilaterais e questões europeias, com especial atenção ao conflito na Ucrânia e à situação no Oriente Médio.
Em nota, a Santa Sé destaca que o líder húngaro também se reuniu com o secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, com quem destacou “as sólidas relações bilaterais” e enfatizou o “apreço pelo compromisso da Igreja Católica em promover o desenvolvimento social e o bem-estar da comunidade húngara”.
Segundo o comunicado, os líderes deram “especial atenção ao papel da família, à educação e ao futuro dos jovens, bem como à importância de proteger as comunidades cristãs mais vulneráveis”.
“Também foi dado amplo espaço às questões europeias, com particular atenção ao conflito na Ucrânia e à situação no Oriente Médio”, acrescenta.
Antes da visita ao Vaticano, Orbán destacou que “o mundo está lentamente se acostumando às guerras” e, “nas últimas duas décadas, conflitos militares eclodiram um após o outro em todo o mundo: do Cáucaso ao Oriente Médio, e agora a guerra russo-ucraniana, que já dura três anos”.
“Notícias e imagens de destruição e vítimas da guerra nos atingem. No início, ficamos chocados, depois tristes e, finalmente, começamos a nos acostumar. Mas, à medida que o mundo se acostuma com as guerras, elas se tornam cada vez mais perigosas, como um incêndio em um dia escaldante de verão”, alertou.
O premiê húngaro ainda acrescentou que, “se não fizermos nada, mais cedo ou mais tarde as chamas atingirão nosso país, nossos lares e o futuro de nossos filhos”. “Se quisermos preservar a paz na Hungria, não podemos seguir a corrente dominante de Bruxelas”.
Além disso, Orbán afirmou querer “ficar de fora da febre da guerra que está se espalhando pelo mundo” e foi por isso que, desde o início da guerra russo-ucraniana, seu governo construiu “uma coalizão antiguerra”. (ANSA).