VATICANO, 4 AGO (ANSA) – O papa Leão XIV afirmou nesta segunda-feira (4) estar “profundamente entristecido” pela “devastadora perda de vidas decorrente do naufrágio na costa do Iêmen” no último domingo (3), que matou mais de 75 migrantes e deixou dezenas desaparecidos.
A declaração foi dada em um telegrama assinado pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, e endereçado ao núncio apostólico no Iêmen e delegado apostólico na Península Arábica, arcebispo Zakhia El-Kassis.
“Sua Santidade recomenda os muitos migrantes que morreram à misericórdia de Deus Todo-Poderoso”, diz a mensagem em nome de Robert Prevost, acrescentando que “sobre os sobreviventes, equipes de emergência, bem como a todos os atingidos por essa tragédia”, o pontífice “invoca a força, o conforto e a esperança divinas”.
Ao menos 76 pessoas morreram durante o naufrágio de uma embarcação que levava cerca de 150 migrantes pelo Golfo de Áden, costa do Iêmen. A tragédia aconteceu no último domingo e teve como causa o mau tempo. Até o momento, 32 passageiros foram resgatados com vida e dezenas seguem desaparecidos.
De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), a maior parte das 157 vítimas a bordo do barco é de nacionalidade etíope e tentava chegar aos países mais ricos da Península Arábica.
O acidente ocorreu na província de Abian, no sul do Iêmen, destino frequente do tráfico de migrantes africanos via mar.
Alguns dos resgatados foram transferidos para Áden, perto do local do naufrágio, disse uma autoridade de segurança.
A OIM registrou pelo menos 558 mortes na rota do Mar Vermelho no ano passado, sendo 462 em acidentes de barco. (ANSA).