VATICANO, 25 JUL (ANSA) – O papa Leão XIV fez uma análise do “atual contexto mundial, tristemente marcado por guerras, violência, injustiças e fenômenos meteorológicos extremos”, destacando a coragem de “milhões de pessoas que deixam sua terra natal em busca de refúgio em outros lugares”, e voltou a apelar pela paz.
A declaração consta na mensagem “Migrantes, missionários de esperança”, divulgada nesta sexta-feira (25) por ocasião do “Dia Mundial dos Migrantes e Refugiados”, que será celebrado em coincidência com o Jubileu dos Migrantes e do Mundo Missionário, nos dias 4 e 5 de outubro.
Leão XIV reflete sobre a relação entre esperança, migração e missão, além de alertar que “a tendência generalizada de cuidar exclusivamente dos interesses de comunidades limitadas constitui uma séria ameaça à partilha de responsabilidades, à cooperação multilateral, à realização do bem comum e à solidariedade global em benefício de toda a família humana”.
“A perspectiva de uma nova corrida armamentista e o desenvolvimento de novas armas, incluindo as nucleares, a falta de consideração pelos efeitos nocivos da crise climática em curso e as profundas desigualdades econômicas tornam os desafios do presente e do futuro cada vez mais exigentes”, afirmou.
Segundo o líder da Igreja Católica, “diante de teorias de devastação global e cenários assustadores, é importante que o desejo de esperar um futuro de dignidade e paz para todos os seres humanos cresça no coração da maioria das pessoas”.
Para o Papa, a ligação entre migração e esperança revela-se claramente em muitas das experiências migratórias da atualidade.
De acordo com Robert Prevost, “em um mundo obscurecido por guerras e injustiças, mesmo onde tudo parece perdido, os migrantes e refugiados são mensageiros de esperança”.
“A coragem e tenacidade de migrantes e refugiados são testemunho heroico de uma fé que vê além do que os nossos olhos podem ver e que lhes dá força para desafiar a morte nas diferentes rotas migratórias contemporâneas”, concluiu. (ANSA).