CIDADE DO VATICANO, 4 MAI (ANSA) – O papa Francisco defendeu nesta quinta-feira (4) a reforma nos canais de comunicação do Vaticano, promovida sob seu Pontificado, e ressaltou que as mudanças são necessárias para melhorar as instituições.   

“Este dicastério, que completará dois anos no dia 27 de junho, se apresenta em plena reforma e não devemos ter medo dessa palavra ‘reforma’. Reforma não é clarear um pouco as coisas, a reforma é dar uma nova forma às coisas, organizá-las de outra maneira”, disse aos representantes da plenária da Secretária para a Comunicação do Vaticano.   

Segundo o líder católico, essas mudanças “precisam ser feitas com inteligência, com mansidão, mas também, permitam-me a palavra, um pouco de violência, mas uma violência boa que quer reformar as coisas”.   

Aos participantes do encontro, Jorge Mario Bergoglio ressaltou que a “diretriz” para essas reformas e essa nova linha de pensamento tem que ser a “missão apostólica, missionária, com uma especial atenção sobre as situações problemáticas, de pobreza, de dificuldade”.   

“Assim, torna-se possível levar o Evangelho adiante a todos, valorizar os recursos humanos, sem substituir a comunicação das igrejas locais e, ao mesmo tempo, apoiando as comunidade eclesiais que têm mais necessidades”, ressaltou o líder católico.   

A reforma na comunicação e nos veículos de mídia da Santa Sé, segundo Bergoglio, é necessária para que a entidade “não se deixe vencer pela tentação de se prender a um passado glorioso”.   

“Vamos fazer um jogo de equipe para melhor responder aos novos desafios de comunicação que a cultura de hoje pede, sem medos e sem imaginar cenários apocalípticos”, acrescentou.   

Mostrando estar atualizado sobre a comunicação, o Pontífice destacou a importância da “convergência digital” do mundo e que, com o passar dos anos, todos os antigos dispositivos como CDs, jornais e similares, “hoje, são transmitidos com um único código que remete ao sistema binário”.   

O plano de reformulação da comunicação do Vaticano é uma da série de reformas estruturais e organizacionais feitas por Bergoglio desde o início de seu Pontificado, em 2013. No início do projeto, a reforma contou com a ajuda de uma consultoria externa, que ajudou a desenvolver um “plano integrado” para os canais de comunicação da Santa Sé – rádio, jornais, revistas e site.   

O próprio Papa abraça as novas tecnologias e tem contas oficiais em vários idiomas no Twitter, além de uma conta no Instagram.   

(ANSA)