O papa Francisco pediu neste domingo (29) que a continuidade da ajuda aos afegãos, dois dias antes da retirada total dos Estados Unidos, e rezou por uma “coexistência pacífica e de esperança” no país.

“Acompanho com grande preocupação a situação no Afeganistão. Compartilho o sofrimento dos que choram pelas pessoas que perderam a vida nos ataques suicidas de quinta-feira e pelos que buscam ajuda e proteção”, afirmou o pontífice durante a tradicional oração dominical do Angelus na Praça de São Pedro.

Um atentado suicida reivindicado pelo grupo Estado Islâmico de Khorasan (EI-K) matou na quinta-feira 13 soldados americanos e quase 100 afegãos, entre milhares de civis que estavam no aeroporto para tentar fugir do país após a tomada de poder dos talibãs.

Nas últimas semanas, mais de 112.000 pessoas foram retiradas do país em voos organizados no aeroporto da capital afegã. Muitos países ocidentais já concluíram suas operações.

Estados Unidos devem deixar o país por completo em 31 de agosto, um prazo curto que gera temores entre alguns afegãos que afirmam ser ameaçados pelos talibãs, sobretudo aqueles que trabalharam para as forças estrangeiras durante duas décadas, que temem ser deixados para trás.

“Peço a todos que continuem ajudando os necessitados”, afirmou o pontífice, que também implorou para que “o diálogo ajude a sociedade (afegã) a uma convivência pacífica e ofereça esperança para o futuro do país”.