Papa critica tratamento ‘extremamente desrespeitoso’ dado aos imigrantes nos EUA

O papa Leão XIV renovou nesta terça-feira (18) suas críticas às políticas migratórias do presidente americano, Donald Trump, e condenou o tratamento “extremamente desrespeitoso” dado aos imigrantes nos Estados Unidos.

“Temos que buscar formas de tratar as pessoas com humanidade”, declarou em inglês aos jornalistas em frente à sua residência secundária perto de Roma.

Embora tenha afirmado que “todos os países têm o direito de determinar quem, como e quando as pessoas entram”, havia pessoas que “levavam uma boa vida, muitas delas há 10, 15 ou 20 anos” e que foram tratadas de maneira “extremamente desrespeitosa”.

O pontífice pediu a “todo o povo dos Estados Unidos que ouça” a Conferência Episcopal Católica dos Estados Unidos, que, em uma declaração incomum na semana passada, instou a pôr fim ao “clima de medo”.

O papa, nomeado em maio, tornou-se um crítico cada vez mais ferrenho das políticas da administração Trump.

Leão XIV também abordou a situação na Nigéria, que está em conversações com os Estados Unidos após as ameaças de Trump de intervir militarmente devido ao assassinato de cristãos por jihadistas.

A Nigéria, com 230 milhões de habitantes, está dividida aproximadamente em partes iguais entre um sul predominantemente cristão e um norte de maioria muçulmana.

É cenário de inúmeros conflitos, incluindo insurgências jihadistas que matam tanto cristãos quanto muçulmanos, frequentemente de forma indiscriminada.

O papa disse que, em certas áreas deste país da África Ocidental, “sem dúvida existe perigo para os cristãos, mas também para toda a população. Cristãos e muçulmanos foram massacrados”.

“Há uma questão de terrorismo. Há uma questão que tem muito a ver com a economia, por assim dizer, e com o controle das terras que possuem”, afirmou.

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