VATICANO, 27 AGO (ANSA) – O papa Leão XIV criticou nesta quarta-feira (27) a “punição coletiva” contra os palestinos e os planos de Israel para o “deslocamento forçado da população” da Faixa de Gaza.
A declaração chega na iminência da ofensiva terrestre das Forças de Defesa Israelenses (IDF) contra a Cidade de Gaza, principal centro urbano do enclave, que deve provocar a evacuação de 1 milhão de pessoas.
“Suplico que sejam libertados todos os reféns, que se alcance um cessar-fogo permanente, que se facilite a entrada de ajudas humanitárias e que seja inteiramente respeitado o direito humanitário, em particular a obrigação de proteger os civis e os vetos a punições coletivas e ao deslocamento forçado da população”, declarou o pontífice em sua audiência geral no Vaticano, sem citar Israel ou o Hamas.
Desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, o Exército israelense vinha evitando entrar na Cidade de Gaza, embora os recorrentes bombardeios aéreos tenham devastado boa parte da infraestrutura do município.
A expectativa é de que 1 milhão de pessoas deixem a cidade para se abrigar em tendas mais ao sul, porém o clero da única paróquia católica da Faixa de Gaza já anunciou que continuará no município.
“Volto a dirigir um apelo às partes envolvidas e à comunidade internacional para que se ponha fim ao conflito na Terra Santa, que já causou tanta destruição, terror e morte”, reforçou o papa Leão XIV na audiência geral. (ANSA).