O papa Francisco criou a Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA), um organismo permanente e representativo da Igreja Católica, com o objetivo de promover a ação pastoral na Amazônia, informou nesta quarta-feira a Santa Sé.

A criação da conferência eclesial foi um dos pedidos feitos pelos bispos da região, reunidos em 2019 no Vaticano para o primeiro sínodo ou assembleia sobre a Amazônia, região que engloba nove países da América do Sul e tem 7,5 milhões de quilômetros quadrados, cujas florestas tropicais estão sendo devastadas.

O estatuto do novo organismo será apresentado em breve ao pontífice para sua aprovação.

O Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) celebrou a criação do organismo, que reúne todas as entidades dependentes da igreja na bacia do Amazonas e não apenas as dioceses.

“A decisão do Santo Padre nos enche de alegria em um momento em que a Igreja latino-americana e caribenha acentua sua opção pela sinodalidade, na colegialidade, conversão integral, com voz profética, olhar integrador e incidência, articulando e integrando redes, promovendo a descentralização, e acolhendo o magistério do papa Francisco”, escreveu o CELAM em uma mensagem.

A defesa da Amazônia, de seu equilíbrio ecológico e principalmente de seus habitantes, é uma das grandes batalhas de Francisco, o primeiro papa latino-americano da história.

Francisco introduziu o “pecado ecológico” assim como o rito amazônico, com estátuas e símbolos das populações daquela região, o que para alguns foi uma heresia.