O papa Francisco condenou neste sábado (3) “o terrível aumento dos ataques contra judeus em todo o mundo” e o aumento do antissemitismo desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro.

“Nós, católicos, estamos muito preocupados com o terrível aumento dos ataques contra judeus em todo o mundo”, escreveu o pontífice em uma carta dirigida aos “(seus) irmãos e irmãs judeus em Israel” e tornada pública pelo Vaticano neste sábado.

A guerra entre Israel e o Hamas “produziu atitudes de divisão na opinião pública mundial, que, às vezes, levam a formas de antissemitismo e antijudaísmo”, afirmou o papa argentino, segundo carta divulgada pelo Vatican News, o portal de informação da Santa Sé.

A Igreja Católica “rejeita todas as formas de antijudaísmo e antissemitismo e condena inequivocamente as manifestações de ódio contra os judeus e o judaísmo como um pecado contra Deus”, declara.

O papa Francisco também não se esqueceu do povo palestino.

“Meu coração está perto de vocês, da Terra Santa, de todos os povos que a habitam, israelenses e palestinos, e rezo para que o desejo de paz prevaleça sobre todos”, escreveu ele.

O pontífice também convidou as pessoas “a rezarem pelo retorno dos reféns” detidos pelo Hamas para seus lares.

Há menos de um mês, Francisco reiterou sua condenação de “qualquer forma de terrorismo e de extremismo” e pediu “a libertação imediata de todos os reféns em Gaza”.

Jorge Bergoglio considerou que a “forte resposta militar” de Israel também causou “uma situação humanitária gravíssima e com sofrimentos inimagináveis”.

O conflito eclodiu em 7 de outubro com a incursão em solo israelense de comandos do Hamas que mataram cerca de 1.160 pessoas, a maioria civis, e sequestraram cerca de 250 no sul de Israel, de acordo com um relatório da AFP elaborado com base em dados oficiais israelenses.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva sobre Gaza que deixou, até agora, 27.238 mortos, a maioria mulheres e menores, segundo o Ministério da Saúde do movimento palestino.

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