O papa Francisco celebrou uma via crucis diante de 800.000 peregrinos na tarde desta sexta-feira (4) em Lisboa, durante o terceiro dia de sua visita a Portugal para o grande encontro de católicos na Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Como já ocorreu na quinta-feira, o pontífice de 86 anos percorreu no “papamóvel” os arredores do parque Eduardo VII, no centro da capital portuguesa, aclamado por milhares de jovens fiéis que cantavam “Esta é a juventude do papa!” e agitavam bandeiras coloridas de inúmeros países.

Apesar de ter sido submetido a uma importante operação no abdômen há dois meses, e de se deslocar em cadeira de rodas ou apoiado em uma bengala, o pontífice se mostra sorridente e em boa forma em Lisboa.

O “papamóvel”, rodeado por um cordão de seguranças, parou diversas vezes para saudar os fiéis e benzer vários bebês.

Desses extensos jardins com vista para o Tejo, Francisco depois presidiu a via crucis, uma recriação das etapas da crucificação e morte de Jesus.

Durante essa cerimônia, houve depoimentos de jovens, música e uma atuação artística das diferentes alturas que compõem o grande palco azul instalado para a JMJ.

Aproximadamente 800 mil pessoas assistiram ao ato, segundo as estimativas das autoridades locais.

“A cada momento que nos encontramos com o Santo Padre é uma emoção que nos motiva a seguir na fé”, afirmava Pedro Puac, um peregrino vindo da Guatemala que passou várias horas esperando debaixo do sol para ver o primeiro pontífice latino-americano passar.

Mais cedo, o jesuíta argentino almoçou em companhia de dez jovens de diferentes nacionalidades na nunciatura apostólica, equivalente à embaixada do Vaticano em Portugal, onde Francisco está hospedado desde sua chegada ao país.

Sua agenda desta quinta começou com a confissão de uma jovem guatemalteca, um espanhol e um italiano, antes de dar um breve discurso para os representantes das obras de caridade.

Desde sua aterrissagem em Portugal na quarta-feira, o papa abordou vários temas nos inúmeros eventos da JMJ, como ecologia, a guerra na Ucrânia e a dor das vítimas de abusos sexuais a menores por parte dos membros da Igreja.

Esse multitudinário encontro internacional foi criado por João Paulo II em 1986 e é composto por diferentes atos festivos, culturais e espirituais.

Na manhã de sábado, Francisco vai à cidade de Fátima (centro), um dos santuários mais frequentados no mundo.

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