Papa canoniza sete novos santos ‘que mantiveram luz da fé acesa’

Missa registrou aproximadamente 55 mil fiéis

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Pope Leo XIV attends a Mass on the day of the canonisation of seven new saints, including former Satanist-turned-Catholic Bartolo Longo, in St. Peter's Square at the Vatican, October 19, 2025. Foto: REUTERS/Claudia Greco

O papa Leão XIV canonizou neste domingo, 19, sete novos santos, incluindo o médico leigo José Gregorio Hernández e a freira Carmen Rendiles, os dois primeiros venezuelanos a serem proclamados.

Na lista de beatos canonizados também estão o italiano Bartolo Longo, que praticou ritos satânicos antes de se converter ao catolicismo; o primeiro santo de Papua-Nova Guiné, Peter To Rot; o bispo armênio Ignazio Choukrallah Maloyan e as freiras italianas Vincenza Maria Poloni e Maria Troncatti.

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A missa, que registrou a presença de aproximadamente 55 mil fiéis, contou também com a presença de uma delegação italiana liderada pelo presidente da Itália, Sergio Mattarella, juntamente com o presidente da Câmara dos Deputados, Lorenzo Fontana.

“Hoje, temos precisamente diante de nós sete testemunhas, os novos santos e as novas santas, que mantiveram acesa, com a graça de Deus, a lâmpada da fé, ou melhor, eles mesmos se tornaram lâmpadas capazes de difundir a luz de Cristo”, declarou Leão XIV, na Praça São Pedro, no Vaticano.

Em sua homilia, o Papa citou os novos santos como exemplo, lembrando que “comparada aos grandes bens materiais e culturais, científicos e artísticos, a fé se destaca” para eles.

“Estes fiéis amigos de Cristo são mártires pela sua fé, como o bispo Maloyan e o catequista To Rot; são evangelizadores e missionários, como a irmã Troncatti; são fundadoras carismáticas, como a irmã Maria Poloni e a irmã Rendiles Martinez; são benfeitores da humanidade, com coração ardente de devoção, como Longo e como Hernández Cisneros”, enfatizou.

Segundo o religioso, eles “não são heróis, ou defensores de algum ideal, mas homens e mulheres autênticos”: “Esses fiéis amigos de Cristo são mártires da sua fé”.

Em seguida, Leão XIV proclamou a fórmula de canonização – o decreto oficial que declara alguém como santo.

“Que a sua intercessão nos ajude nas nossas provações e que o seu exemplo nos inspire na nossa vocação comum à santidade”, salientou.

Para que alguém seja canonizado, é necessário cumprir três requisitos: a realização de pelo menos dois milagres, ter falecido há no mínimo cinco anos e ter levado uma vida cristã exemplar.