CIDADE DO VATICANO, 19 JUL (ANSA) – O papa Francisco anunciou para 14 de outubro a canonização de Nunzio Sulprizio (1817-1836), jovem operário italiano que é considerado pela Igreja um “símbolo dos trabalhadores”.   

A cerimônia ocorrerá junto com as canonizações do papa Paolo VI (1897-1978) e do sacerdote salvadorenho Óscar Arnulfo Romero (1917-1980). A data foi decidida durante um consistório realizado nesta quinta-feira (19) e também coincide com o Sínodo dos Bispos sobre a juventude.   

Nascido em Pescosansonesco, em 13 de abril de 1817, Sulprizio perdeu os pais com poucos anos de vida e trabalhou desde criança na oficina de ferreiro de um tio, que o proibia de ir à igreja.   

No entanto, o trabalho pesado prejudicou sua saúde, e, em 1831, o adolescente foi acometido pela tuberculose óssea.   

Sulprizio lutou contra a doença até sua morte, em 5 de maio de 1836, com apenas 19 anos de idade. Por causa de sua devoção à Virgem Maria e sua resiliência à dor, o papa Pio IX o declarou venerável em 1859, e, em 1891, Leão XIII assinou o decreto atestando o “heroismo” do jovem, propondo-o como “modelo da juventude operária”.   

Em 1963, após o reconhecimento de milagres atribuídos a ele, Sulprizio, em pleno Concílio Vaticano II, foi declarado beato por Paolo VI, ao lado de quem se tornará santo. “Jovem e operário, aí está o binômio que parece definir o novo beato”, disse o Papa da ocasião.   

Hoje, Sulprizio é considerado por católicos italianos como o protetor dos inválidos e das vítimas do trabalho. Seu santuário fica em Pescosansonesco e é meta de peregrinos. (ANSA)