Paolla Oliveira sobre não ter filhos: ‘Fui julgada de ser amarga, menos mulher’

Atriz de 'Vale Tudo' disse que perdeu trabalhos por sua opinião a respeito da maternidade

Globo/ Leo Rosario
Paolla Oliveira na festa de 60 anos da Globo Foto: Globo/ Leo Rosario

Aos 43 anos de idade, Paolla Oliveira voltou a falar sobre maternidade. A atriz, que namora Diogo Nogueira, 44, desde 2021, disse que já foi muito julgada por ainda não ter escolhido ser mãe.

Em entrevistada ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, na noite da última segunda-feira, 5, a intérprete de Heleninha Roitman no remake de “Vale Tudo”, da Globo, falou sobre a pressão que já sofreu em relação ao estigma social que ainda assombra muitas mulheres.

“Não tenho mais vergonha. Eu inventava respostas e você vai achando que o problema é você. Então, não tenho mais vergonha. Acho maternidade uma coisa tão linda, grandiosa e especial, que tem que ser uma decisão de ter, de não ter, de escolher ter dúvidas, de ter depois, como eu, que congelei óvulos”, iniciou.

“Dei a possibilidade de escolha, que nem todas têm. Acho uma dureza. A gente achar que a vida da mulher é menor, menos importante, por ela não ter um filho. A mulher está condicionada à reprodução ou não. Acho muito injusto e vi que os números são grandes: quase 40% optam por isso. É uma escolha genuína e quero que outras mulheres tenham a escolha que eu tenho”, completou.

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Paolla contou que foi apoiada por outras mulheres e que chegou a perder trabalho por não ser mãe.

“Mulheres me paravam na rua: ‘achava que eu era estranha’. Já fui julgada de ser insensível, amarga, menos mulher, menos familiar. Teve uma publicidade que acharam melhor não me escolher porque eu ‘era menos família’. Me sentia muito à parte, estranha, quando falava sobre isso. Que bom que a gente pode rever isso e sobre nossas escolhas, porque é uma escolha da mulher”, enfatizou.

Em relação às críticas que já recebeu por sua aparência nas redes sociais, Paolla reforçou:

“Você precisa se sentir bem e se sentir bem sendo imperfeita. Isso tem muito a ver com beleza real, isso não tem a ver com não me cuidar. E eu tento existir com o mínimo de coerência. ‘Agora ela emagreceu’, ‘agora ela envelheceu’, essa patrulha está ativa. Quem julga fala mais sobre eles do que qualquer coisa”.

Ela ainda disse que não se deve usar tais ataques como regras em sua vida. ” Acho que a gente também não se pode pautar por isso, o que a gente faz ser verdadeira. Nunca falei que não ia me cuidar, que não ia usar benefício da medicina e da estética ao meu favor. Eu sempre fui julgada por ser gorda, ter celulite, por ter ancas largas, e a gente não pode perder o controle mas, de maneira nenhuma, não usar por causa de uma patrulha ou de outra”, encerrou.

Assista à entrevista abaixo: