Para entender melhor o panorama atual da indústria de usinagem e ferramentaria no Brasil e como as empresas estão se adaptando às novas tecnologias, conversamos com seis especialistas do setor:

  • Christian Dihlmann – Presidente da ABINFER (Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais) e Sócio da Agile Consultoria
  • Luis Eduardo Albano – Vice-presidente de Relações Internacionais da ABINFER e Sócio gerente da Kobo Indústria
  • Alexandre Oliveira Mori – Vice-presidente de Projetos Especiais da ABINFER e Sócio gerente da Usifer Ferramentaria
  • Antônio Darci Gaviraghi – Primeiro Tesoureiro da ABINFER e Sócio fundador da Gama Matrizes
  • Thiago Hobus de Freitas – Membro da ABINFER e Sócio da GTF Ferramentaria
  • Paulo Henrique Pires – Consultor em Tecnologia da Informação e Sócio da Ampersand Tecnologia

Eles compartilham suas percepções sobre os desafios, oportunidades e o grau de maturidade das empresas brasileiras em relação à adoção de tecnologias da Indústria 4.0.

Christian, o que é uma ferramentaria? São fábricas de ferramentas?

  • Christian Dihlmann: A ferramentaria é um ramo da indústria metalmecânica responsável pela criação e construção de ferramentais que objetivam transformar matéria-prima bruta em produto acabado através de processos mecânicos, térmicos, físicos e químicos, que levam um determinado material de seu estado líquido ou sólido, através das grandezas de força e pressão, a mudar sua forma inicial para a forma final desejada. Em resumo, é uma fábrica de ferramentais ou estabelecimento que as vende. Importante diferenciar ferramenta de ferramental. O ferramental é a gama de moldes, matrizes, estampos e dispositivos que têm o objetivo de conformar um material de seu estado inicial (bruto) para um estado final (acabado) que resulta em um componente/peça/produto único ou que compõe partes de outro produto. São utilizados processos mecânicos, térmicos, físicos e químicos, que levam um determinado material de seu estado líquido ou sólido, através das grandezas de força e pressão, a mudar sua forma inicial para a forma final desejada. A fabricação de qualquer produto industrial sempre demandará algum tipo de ferramental. Estes ferramentais são produzidos em empresas denominadas de ferramentarias, cujos processos envolvem praticamente todo tipo de operação, a saber: conformação a frio; conformação a quente; corte; dobra; repuxo; embutimento; forjamento; laminação; puncionamento; estampagem; extrusão; trefilação; injeção sob pressão; vazamento por gravidade (baixa pressão); reocolato; shell-molding; micro-fusão; injeção de materiais poliméricos; transferência; flash-less; waste-less; rotomoldagem; cunhagem; sopro; termoformagem; usinagem; modelagem em metal, resina, madeira, poliuretano expandido (isopor); cold-box; hot-box; entre outros de menor utilização. A ferramenta é o recurso utilizado para fabricar o ferramental.

Qual a importância da indústria ferramenteira para um país industrializado como o Brasil?

  • Christian Dihlmann: O setor de fabricantes de ferramentais é caracterizado por empresas de pequeno porte (até 20 funcionários) e médio porte (até 50 funcionários), que representam 78,57% deste universo. Outros 10,71% têm entre 51 e 100 funcionários e 7,14% possuem entre 101 e 1.000 trabalhadores. Estas são denominadas ferramentarias de mercado. Apenas 3,57% têm mais de 1.000 colaboradores e compõem tipicamente empresas cujo negócio principal não é a construção de ferramentais, as quais são intituladas de ferramentaria cativa. Este setor totaliza um número de 2.000 ferramentarias de mercado e cerca de 4.000 ferramentarias cativas, sendo que as últimas têm o principal foco de atuação em manutenção de ferramentais. O setor de ferramentaria é estratégico para o País, uma vez que é um setor da indústria metalmecânica responsável por tornar possível a fabricação e a transformação de produtos manufaturados. É um setor responsável por desenvolver, fabricar e fazer manutenção de ferramentas. A ferramentaria é conhecida mundialmente como a mãe da indústria de transformação, uma vez que todo o processo de produção seriada é viabilizado por meio de ferramentais dos mais diversos tipos.

O que é a ABINFER e o que ela representa?

  • Christian Dihlmann: A Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais – ABINFER, constituída em 16 de setembro de 2011, sob forma de associação, é uma pessoa jurídica de direito privado, sem fins econômicos e lucrativos. A ABINFER tem os seguintes objetivos:
    • Promover, estimular e propor medidas que permitam aos empresários, sociedades empresariais e demais pessoas que se dedicam às indústrias de ferramentais, o desenvolvimento e fortalecimento harmônico de suas atividades como parcela representativa no contexto econômico-social do Município, do Estado e do País;
    • Realizar pesquisas, estimulando o aperfeiçoamento técnico das indústrias de ferramentais no que diz respeito à inovação tecnológica, desenvolvimento, distribuição, venda e outras atividades relacionadas ao processo econômico de produção, distribuição e venda de moldes, estampos, equipamentos e componentes do setor;
    • Facilitar o acesso a serviços especializados, orientação e assistência aos associados;
    • Defender, amparar, orientar e coligar os empresários, sociedades empresariais e demais pessoas que se dediquem a qualquer atividade voltada às indústrias de ferramentais perante os órgãos competentes, participando junto aos Poderes Públicos no estabelecimento de critérios que definam suas obrigações e direitos perante a Comunidade Brasileira e Internacional para com a Federação Estadual e a Confederação Nacional;
    • Apresentar e defender junto aos Poderes Públicos as medidas necessárias e suficientes para o bom desempenho e desenvolvimento econômico e social das indústrias de ferramentais, procurando manter representação junto às Entidades e Órgãos colegiados que estabelecem a política econômica governamental nos âmbitos municipal, estadual e federal;
    • Celebrar convênios e parcerias junto a órgãos públicos e privados, nacionais e internacionais, visando à formação de vínculos de cooperação para o fomento e execução de suas atividades;
    • Promover a união entre seus associados, defendendo os interesses destes em todas as instâncias constitucionais, na esfera judicial e extrajudicial, podendo para tanto ajuizar demandas em nome de seus associados. Atualmente, a ABINFER é a legítima representante dos fabricantes de ferramentais no Brasil, sendo responsável por articular todo o cenário econômico, estrutural e gerencial das empresas associadas e que potencialmente podem se beneficiar dos resultados.

Thiago, como empresário, como você vê a questão do associativismo no Brasil?

  • Thiago Hobus de Freitas: É difícil opinar sobre o Brasil de forma ampla devido às diferenças culturais existentes entre as regiões, que eu particularmente conheço poucas. Eu falo de cultura pois acredito que ela possui influência direta na questão do associativismo. Por exemplo, as pessoas na nossa região têm uma dificuldade grande de confiar umas nas outras. E isso dificulta muito o trabalho associativo. Com o passar dos anos e um trabalho sério e dedicado de, infelizmente, poucas pessoas, essa e outras barreiras conseguem ser superadas. E então podemos observar associações, como no caso da ABINFER, que vêm crescendo e sendo importantes para o desenvolvimento do setor no qual atuam.
  • E quão estratégico é para sua empresa a sua presença no quadro de associados?
  • O nosso setor é formado por empresas de pequeno e médio porte. Desta forma, para alcançarmos a representatividade necessária para atuarmos junto às instituições públicas, precisamos nos unir. E a associação possibilita essa representação e defesa das demandas do setor junto aos órgãos governamentais, por exemplo. Além disso, o relacionamento com outros associados é uma importante fonte de informações e conhecimento, na qual podemos realizar benchmarks e buscar melhorias para as empresas do setor como um todo.

Luis, como está a situação das ferramentarias brasileiras em relação ao panorama mundial?

  • Luis Eduardo Albano: A situação das ferramentarias brasileiras apresenta desafios e oportunidades em relação ao panorama mundial. As ferramentarias, que são essenciais para a fabricação de moldes, matrizes e ferramentas utilizadas em diversos setores industriais, têm enfrentado uma série de dificuldades, mas também têm mostrado potencial para crescimento e desenvolvimento. Aqui estão alguns pontos principais: Desafios
    • Competitividade:
      • Custo de Produção: Os altos custos de produção no Brasil dificultam a competição com países onde esses custos são menores, como China e Índia.
      • Tecnologia e Inovação: Muitas ferramentarias brasileiras ainda utilizam tecnologias mais antigas e processos menos automatizados, o que pode afetar a eficiência e a qualidade dos produtos.
    • Infraestrutura:
      • Logística e Energia: Más condições aumentam os custos e os tempos de entrega, e o custo elevado e instabilidade.
    • Política e Economia:
      • Instabilidade Econômica e Tributação: Flutuações econômicas e do câmbio e incertezas políticas afetam negativamente o investimento e o planejamento a longo prazo, fundamental para a indústria de capital intensivo. A complexidade e o peso da carga tributária no Brasil são considerados um grande obstáculo para o setor.

Oportunidades

    • Mercado Interno:
      • Indústria Automobilística e outras: A presença de uma forte indústria automobilística, construção civil e eletrodoméstico no Brasil gera demanda estrutural por moldes e ferramentas.
    • Exportação:
      • Qualidade, Personalização e localização: Ferramentarias brasileiras têm se destacado pela capacidade de oferecer produtos de alta qualidade e personalizados, o que pode ser um diferencial competitivo no mercado internacional. A proximidade física e cultural com outros países da América Latina pode facilitar as exportações e a criação de parcerias regionais. O novo cenário geopolítico, leia-se “nearshoring” aos EUA, gera imensas oportunidades.
    • Tecnologia e Capacitação:
      • Investimentos em Inovação e capacitação: Programas de incentivo e investimentos em inovação e automação podem ajudar as ferramentarias a se modernizarem e aumentarem a competitividade. Iniciativas de formação e capacitação de mão-de-obra qualificada podem melhorar a eficiência e a qualidade dos produtos.
    • Sustentabilidade:
      • Processos Sustentáveis: A adoção de práticas sustentáveis e o uso eficiente de recursos podem reduzir custos e atrair clientes preocupados com a sustentabilidade.

Christian, quais as principais iniciativas lideradas pela ABINFER para a transformação do setor?

  • Christian Dihlmann: A ABINFER trabalha em cinco pilares, a saber: Capacitação profissional, Tecnologia, Mercado, Tributos e Sustentabilidade. Para cada pilar, há uma série de objetivos, ações e metas a serem atingidas. De forma transversal, envolvendo todos os pilares, há ações de articulação institucional junto aos governos Federal, Estaduais e Municipais. Exemplos destacados são o ENAFER – Encontro Nacional de Ferramentarias, atualmente o maior evento mundial de reunião da cadeia de fabricantes de ferramentais; o programa Pro Ferramentaria no Estado de São Paulo; a renovação e reestruturação dos cursos de aprendizagem industrial para o setor de ferramentaria no Estado de São Paulo; as missões empresariais rumo a grandes centros mundiais de fabricação de moldes e matrizes, que objetivam gerar conhecimento, fomentar negócios e formar redes de relacionamentos internacionais. Além disso, a estruturação do Complexo Econômico Industrial de Ferramentarias, com o codinome de Programa Podium, planeja resgatar uma posição do setor brasileiro junto aos maiores fabricantes mundiais de ferramentais, colocando o Brasil no ranking dos 10 maiores produtores globais. O Podium é constituído de 12 pilares estruturantes e tem um cenário previsto de 8 anos para sua aplicação.

Vimos que tecnologia é um dos pilares estruturais do setor. Quais desafios você enxerga e como contorná-los, Paulo?

  • Paulo Henrique Pires: Um dos principais desafios que enxergamos no setor de tecnologia industrial é a integração eficaz entre diversos departamentos e sistemas. A necessidade de harmonizar sistemas ERP, MES e DDO, muitas vezes via APIs, é crucial para permitir uma customização da produção que atenda à demanda de low-volume high-mix. Este tipo de produção requer uma flexibilidade e agilidade que só uma integração bem-sucedida pode proporcionar. Para contornar esses desafios, é essencial investir em soluções sob medida, e muitas vezes locais, que permitam essa interoperabilidade de forma eficiente. A implementação de plataformas integradas facilita o fluxo de informações em tempo real, melhorando a tomada de decisões e otimizando os processos produtivos. No entanto, a falta de profissionais qualificados para atuar na interface entre Tecnologia da Informação (TI) e Tecnologia de Automação (TA) é um obstáculo significativo. Além disso, muitos gestores ainda não estão atualizados sobre as soluções tecnológicas disponíveis no mercado, o que pode dificultar a adoção dessas inovações. Em um projeto recente de integração para monitoramento em produção seriada de injetoras de plástico que implementei, ficou evidente a importância da coleta e análise de dados. Essa integração teve um grande impacto na identificação de ineficiências e na formação de custos, mostrando como o monitoramento em tempo real pode transformar a operação industrial. Por outro lado, estamos vendo avanços notáveis em sistemas de inteligência artificial que já permitem a automação de tarefas complexas, como a elaboração de orçamentos. Esses sistemas com interação low-touch simplificam e agilizam processos, liberando os profissionais para focar em atividades estratégicas. A disseminação de conhecimentos sobre essas tecnologias e a capacitação dos profissionais são passos fundamentais para superar esses desafios e aproveitar plenamente as oportunidades oferecidas pela Indústria 4.0.

Antônio, em que estágio dessa transformação digital a sua empresa se encontra e como você percebe a maturidade e adesão dessa jornada nas outras empresas do ramo de ferramentaria e usinagem sob encomenda?

  • Antonio Darci Gaviraghi: Estamos investindo fortemente na modernização das máquinas, sistemas ponto-zero, softwares de controle e preset de ferramentas digitais. Acredito que estamos 40/50% ainda a caminho da 4.0. O grande problema das matrizarias é o alto valor investido, mas é um investimento que gera um bom retorno.

E você, Alexandre, qual a sua percepção e em que estágio sua empresa se encontra?

  • Alexandre Oliveira Mori: A Usifer está trilhando um caminho no qual conhecemos a direção que devemos seguir, porém compreendemos as dificuldades que encontramos ao longo dele. Os desafios financeiros e tecnológicos exigem que nos adaptemos e sejamos muito assertivos em nossas decisões. Recentemente tive a oportunidade de visitar ferramentarias de ponta na China, o que nos orientou em direção aos avanços da Indústria 4.0.

Paulo, mesmo com cada vez mais tecnologia embarcada nos equipamentos, o ser humano ainda continua um elo importante na cadeia dos processos?

  • Paulo Henrique Pires: A tomada de decisão estratégica, supervisão e ajustes finos ainda dependem do julgamento humano. A manutenção preventiva e corretiva das máquinas, assim como os ajustes necessários para otimizar a produção, são realizados por profissionais capacitados. O conhecimento técnico para identificar problemas, realizar reparos e ajustar equipamentos para diferentes operações é uma habilidade humana que não pode ser completamente substituída. A inovação em processos de usinagem e a melhoria contínua das operações dependem muito da criatividade e expertise dos profissionais.

Segundo dados de mercado trazidos pelo Christian, há uma obsolescência do parque de equipamentos no Brasil que tem em média 21 anos. Como as empresas estão lidando com esse desafio do ponto de vista das integrações e quais são os benefícios tangíveis que você tem observado na prática com a implementação de novas tecnologias?

  • Paulo Henrique Pires: A alta idade média do parque instalado no Brasil. Muitos dos equipamentos em operação são antigos e não possuem as opções de conectividade disponíveis nos equipamentos mais modernos, com protocolos padronizados. Isso cria uma barreira adicional para a implementação de soluções de monitoramento em tempo real e dificulta a integração dos dados. O benefício mais evidente é o aumento da produtividade. Ao implementar soluções que permitem a coleta e análise de dados em tempo real, integradas a sistemas inteligentes, as empresas podem identificar e corrigir ineficiências operacionais de forma ágil. Isso não apenas reduz desperdícios e custos, mas também melhora a eficiência dos processos produtivos. Em projetos recentes que participei, observamos uma significativa diminuição no tempo de paradas não planejadas e uma maior precisão na previsão de necessidades de manutenção, o que resultou em um aumento direto na capacidade produtiva. Em um novo cenário de competição global onde a eficiência e a flexibilidade são cruciais, essas melhorias são essenciais para manter a competitividade. Empresas que conseguem adaptar e otimizar suas operações através da tecnologia estão não apenas sobrevivendo, mas prosperando. A capacidade de responder rapidamente às mudanças no mercado e às demandas dos clientes se torna uma vantagem estratégica significativa.

Um sistema de gestão é fundamental para qualquer empresa. Quais tendências você vê no segmento de ferramentaria e usinagem sob encomenda?

  • Antonio Darci Gaviraghi: Temos um case na GAMA: após implementarmos uma melhor gestão e controle financeiro, tivemos um impacto muito positivo nos resultados. A empresa que não controlar seus “números” (balanços) dificilmente vai alcançar resultados positivos. O maior problema é que em quase todas as ferramentarias os gestores são excelentes técnicos, porém não têm formação em gestão. No entanto, é muito importante ter uma assessoria nessa área para completar o conhecimento.

O tempo de desenvolvimento de produtos tem encurtado consideravelmente, principalmente no segmento automotivo. Como as empresas têm se adaptado a essa realidade?

  • Alexandre Oliveira Mori: Entendemos a importância de realizar novos lançamentos com maior agilidade e a Usifer tem acompanhado de perto toda essa aceleração nos últimos anos. Dessa forma, estamos constantemente aprimorando nossos processos, tecnologia e buscando ativamente parcerias que compartilham da mesma visão e comprometimento que nós.

Para finalizar, Christian, você vê com otimismo o futuro do ramo industrial no Brasil como um todo, mesmo com toda a transformação do cenário mundial acontecendo?

  • Christian Dihlmann: O mundo é dinâmico e vários movimentos ocorrem diariamente. Uma clara visão é que a produção industrial deve migrar para o hemisfério sul do planeta nos próximos anos. Isso significa que a América do Sul, o continente africano e a região sul da Ásia tendem a crescer em cadência forte nos próximos dois séculos. Adicionalmente, as questões logísticas e políticas entre as grandes potências têm gerado um movimento de aproximação da produção nos conceitos “near shoring” e “near friendly”, caracterizando a criação de uma nova ordem para a produção mundial. O Brasil é o maior país dentro da América do Sul, é o país mais desenvolvido industrialmente, tem a maior população consumidora do continente sul-americano e tem grande potencial de crescimento. Considerando que diversas montadoras de veículos estão instaladas em nosso país e que muitos fabricantes de consumíveis têm prospectado a produção no Brasil, é notória a possibilidade de o país se tornar um dos grandes centros produtivos do mundo. Portanto, sim, justamente por perceber a transformação do cenário mundial, é que tenho convicção de que o Brasil, fazendo as devidas correções de rumo no curto prazo, tem um futuro magnífico e com perspectivas excelentes também no setor de produção de ferramentais.